Em app de encontros para universitários, só entra quem tem convite; conheça
Se você não está matriculado em uma faculdade, mas estiver curioso para saber como funciona o aplicativo de relacionamento Umatch, voltado para universitários, nem adianta tentar: para criar uma conta, é necessário receber um convite de alguém que já faz parte do ciclo de usuários e comprovar um vínculo com a instituição de ensino.
A comprovação pode ser feita de diferentes maneiras: cadastrando um e-mail com domínio da faculdade, enviando uma foto da carteirinha de estudante, um comprovante de matrícula ou o boleto da mensalidade para ser analisado. Segundo a plataforma, o procedimento dificulta a criação de contas falsas.
Atualmente, o aplicativo é gratuito (embora disponha de uma versão paga) e está disponível para Android e iOS. Ele se restringe a estudantes que residem no estado de São Paulo, mas a ideia da empresa é expandir nacionalmente. Segundo dados enviados a Universa, além dos 50 mil usuários cadastrados, existe uma lista de espera de 12 mil pessoas interessadas, que vivem em outros estados.
A startup foi criada por dois jovens: Bruno Adami, 24 anos, estudante da Poli-USP, e Cayo Syllos, 25. Atualmente, na capital, o aplicativo tem uma taxa de adesão de 23% entre os alunos da ESPM (Escola de Propaganda e Marketing), 25% dos alunos do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) e 12% da USP. Em Campinas, é utilizada por 25% dos estudantes da faculdade de medicina e odontologia São Leopoldo Mandic.
Mais assunto com os matches
Universa teve acesso ao aplicativo por meio de uma conta teste da empresa. Em seus perfis, os usuários podem escolher se estão em busca de homens, mulheres ou se "isso não importa". O app também conta com o recurso "filtro universitário". Através dele, é possível especificar as universidades, os campi e até os cursos dos possíveis matches que deseja visualizar.
Giulia Ayako tem 21 anos e cursa gastronomia no Mackenzie. Ela conta que usa o aplicativo há cerca de um ano. "Gosto dele porque encontro pessoas da mesma faixa etária e que estão na mesma vibe que eu. Gostam bastante de festas, de sair e que têm rotinas parecidas —muitas vezes até amigos em comum", diz. Por causa da quarentena, ela diz que não foi a encontros presenciais ainda, mas que já tem alguns engatilhados para acontecer em breve.
Para alguns, a história já evoluiu para algo mais sério: é o caso de Julia Lima, 19 anos. Ela conta que usou o aplicativo por três meses até dar match com o atual namorado. "Como é um ambiente no qual todos são universitários, fica mais fácil puxar uma conversa. São pessoas com estilos de vida e gostos como os seus, que vão aos mesmos rolês. Isso facilita bastante na hora de achar um contatinho", diz.
Questionada sobre como começou a conversa com Gabriel, seu namorado, ela explica que achou algo em comum entre os dois pelas fotos. "Fui logo comentando sobre a gata que estava com ele na foto de perfil, porque sou apaixonada por gatos. Falamos por mais ou menos 10 dias, até que marcamos de tomar um vinho", conta. Desde então, os dois não se desgrudam. "Dois meses depois, começamos a namorar. Agora estamos juntos há seis meses", relembra.
Como funciona a versão premium?
Na versão gratuita do Umatch é possível dar até 80 reações (likes e deslikes) por dia —uma limitação gerou reclamações nas avaliações da Play Store, loja de aplicativos do Google. Na versão paga, lançada em julho deste ano, cuja mensalidade é de R$ 19,90, mais recursos estão disponíveis. Por meio dela, as reações são ilimitadas, os usuários podem acessar a lista de todos que curtiram seu perfil e acionar o botão "voltar atrás", que permite cancelar reações.
E depois da formatura?
A Universa, a empresa explica que, depois de se formar, o usuário pode continuar acessando sua conta por até um ano.
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