Lilian Ribeiro sobre câncer: 'Diagnóstico é terrível, mas segui em frente'
Usando um lenço na cabeça, a jornalista e apresentadora Lilian Ribeiro abriu o jornal "GloboNews Em Pauta" na segunda-feira (8) com um relato pessoal: "No dia 1º de outubro eu fui diagnosticada com câncer de mama. É difícil, não é fácil. Estou me tratando, me cuidando. Comecei a fazer quimioterapia e estou me saindo bem, segundo os médicos. Algumas reações são um pouco chatas, mas seguimos em frente". A apresentadora recebeu a solidariedade dos colegas de emissora — Flávia Oliveira, Gerson Camarotti, Demétrio Magnolli, André Trigueiro, Sandra Coutinho e Mônica Walvogel — e inúmeras mensagens de admiradores pelas redes sociais. "Muito obrigada por cada palavra de incentivo e apoio. No mar revolto, vocês me presentearam com uma onda de amor", agradeceu em seu perfil de Instagram.
Receber o resultado da biópsia no dia 1º de outubro, confirmando o diagnóstico de câncer de mama, não foi fácil para a jornalista de 37 anos. Em entrevista a Universa, Lilian conta que ainda vivia o luto da morte da prima, ocorrida 13 dias antes, em decorrência da mesma doença. "Vivi dois lutos ao mesmo tempo: o da morte da minha prima e o do fim da minha vida de antes do câncer".
Desde que sua prima Tathiana Miranda foi diagnosticada com câncer, Lilian tinha o hábito de fazer o autoexame das mamas. Foi numa dessas ocasiões que descobriu a doença.
Senti a presença de um nódulo na mama direita e fui correndo ao médico. Depois os exames de imagem revelaram que, na verdade, são dois nódulos. Tinha um menorzinho que eu não tinha conseguido identificar com o toque.
Dor e fragilidade
Os primeiros dias após a descoberta foram difíceis. "O diagnóstico é terrível. Fiquei muito abalada. Me perguntava: mas por que agora, nesse momento de tanta dor e fragilidade da minha família?", conta Lilian, cuja prima lutou por cinco anos contra um câncer que começou na mama e depois se espalhou para outras regiões do corpo.
Naquele momento, a apresentadora não conseguia entender mulheres compartilhando nas redes sociais mensagens positivas sobre o enfrentamento à doença. "Eu ficava pensando: 'Mas gente, esse pessoal tá falando do quê? Naquele momento, aquela positividade toda parecia algo muito distante de mim". Mesmo abalada, seguiu em frente: "Se teve algo que aprendi com a minha prima é que não dá para esperar. Tem que agir rápido."
A rotina de tratamento inclui uma sessão de quimioterapia a cada duas semanas. "Estou no esforço de viver um dia de cada vez. O que eu tenho para fazer agora é a quimioterapia." O tratamento fez a apresentadora perder os cabelos. "Eles começaram a cair, fui ficando com falhas na cabeça até a hora em que eu decidi raspar tudo. Foi um alívio", diz Lilian, que conta com o apoio do marido, o administrador de empresas Thiago Portella, e da filha Giovana, de 5 anos, para enfrentar a doença.
Honestidade em frente às câmeras
Ainda não é possível saber como será a intervenção cirúrgica para a retirada dos tumores. Enquanto isso não acontece, os médicos autorizaram a apresentadora a continuar trabalhando, mas em ritmo menos acelerado.
O retorno em frente às câmeras ocorreu com o lenço na cabeça e o anúncio da doença ao vivo no "GloboNews Em Pauta". "A gente tem que ser honesto com o nosso público. Eu levei à direção do programa o desejo de falar sobre o assunto e, para minha surpresa, não houve problema. Pelo contrário, eles me deixaram muito à vontade." Evangélica, conta que fez orações minutos antes de entrar no ar.
Enxurrada de amor
Após a ampla repercussão do assunto nos meios de comunicação, a apresentadora viu disparar o número de seguidores de seu perfil no Instagram: de menos de 20 mil saltou para mais de 53,6 mil em apenas um dia. O apoio e o carinho também vieram por Twitter, Facebook e WhatsApp.
Recebi centenas de mensagens, muitas delas de pessoas que estão vivendo a mesma situação ou que já passaram por isso. Me senti muito acolhida. Foi uma verdadeira enxurrada de amor.
Em mensagem especial às mulheres, a apresentadora faz questão de destacar a importância de se fazer o exame de toque nas mamas. "É muito importante, principalmente para as mulheres mais jovens, que não têm idade para fazer a mamografia."
Lilian recomenda que aquelas que desconfiam da presença de um tumor procurem um médico o quanto antes. "Muitas mulheres adiam por medo de serem diagnosticadas com a doença. Não vou mentir: o diagnóstico é terrível. Mas ser diagnosticada e poder se tratar é uma dádiva. E, quanto mais rápido agir, melhor."
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