Taís e Lázaro não querem: abrir o relacionamento é para todo casal? Entenda
Cada vez mais casais famosos têm revelado manter casamentos abertos —modelo em que, de comum acordo, as partes podem se relacionar com outras pessoas. É o caso, por exemplo, de Will Smith e Jada Pinkett-Smith e de Fernanda Nobre, casada com José Roberto Jardim.
Taís Araújo e Lázaro Ramos, juntos há 17 anos, no entanto, quando questionados sobre o tema, responderam, à revista "Ela", do jornal "O Globo', que não consideram essa possibilidade: "Não tenho a menor condição de ter um casamento aberto. Não sei viver de outra maneira, mas admiro quem tem essa liberdade de viver outras relações. Para mim, é evolução espiritual, e não sou evoluída espiritualmente nesse sentido", disse a atriz.
Mas, afinal, abrir um casamento, especialmente depois de tantos anos, funciona para todos os casais? E pode trazer benefícios para um casal junto há muito tempo? É preciso estabelecer regras? Especialistas ouvidas por Universa explicam.
Como trazer o assunto à tona?
A psicóloga Gabi Menezes afirma que o diálogo é fundamental em qualquer relacionamento, seja monogâmico ou não, por isso casais, especialmente os de longa data, deveriam ter abertura para falar sobre o assunto e expressar seus desejos.
Mas a sexóloga e colunista de Universa Ana Canosa reconhece que esta não é uma conversa fácil, porque "concretiza a ideia de que não somos a única fonte de desejo de nossas parcerias". Segundo a especialista, é preciso encontrar abertura para discutir o assunto internamente e também, claro, com o parceiro ou parceira.
"Percebo que os casais que chegam no tema da não monogamia são aqueles que já estão discutindo sobre o desejo e de como ele tem sido explorado no relacionamento. Usar séries, filmes e podcasts que abordem o tema da sexualidade pode ajudar a começar ou avançar na conversa", aconselha.
Abrir a relação é para todos os casais?
"Um casamento aberto é para qualquer casal que queira, de comum acordo, um relacionamento aberto", resume Gabi.
A psicóloga conta, no entanto, que muitos casais não monogâmicos muitas vezes discutem essa possibilidade desde o início da relação, porque entendem que a monogamia não é interessante para eles. Ana Canosa acrescenta que "pessoas ciumentas certamente terão menos paz interior" em um relacionamento não monogâmico.
"Devemos questionar a monogamia compulsória? Sim. Mas, para alguns, reprimir desejos será o começo do fim, para outros não. Liberdade é poder discutir, pensar e saber-se livre para experimentar, caso se decida por isso."
Quais podem ser os benefícios de abrir o casamento?
Gabi Menezes afirma que os possíveis benefícios de abrir a relação são individuais e que não existe uma "fórmula secreta", mas Ana Canosa destaca que um dos principais benefícios de abrir a relação pode ser "o prazer de vivenciar o jogo da sedução, sem ter que se esconder, manipular, burlar regras, encontrar álibis".
"Variar sexualmente pode ser bastante estimulante", fala a especialista.
É preciso estabelecer regras?
Estabelecer regras e acordos dentro de uma relação aberta serve para diminuir a ansiedade, dar a sensação de que se tem controle sobre a relação, "mas é muito difícil normatizar tanto o desejo assim".
"Alguns casais tentam reduzir possíveis danos, colocando critérios que a priori parecem fundamentais, como não se envolver com pessoas conhecidas, por exemplo. Contar ou não contar sobre a experiência também aparece como uma regra comum", diz a especialista.
"A questão sexual é mais uma dentro de tantas negociações a fazer. Concessões são necessárias, senão não há projeto comum que dê conta."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.