Síndrome do cabelo impenteável: já ouviu falar?
Ela é uma condição capilar rara, diagnosticada em pouquíssimas pessoas no mundo. É certo que desde que nascemos até o começo da vida adulta, nossos cabelos podem sofrer diversas mudanças de textura, tonalidade e comprimento. Para pouco mais de 100 pessoas no mundo todo, no entanto, uma mutação genética provoca a chamada Síndrome do Cabelo Impenteável, que muda drasticamente a estrutura dos fios ainda na infância, transformando cabelos que nasceram lisos e castanhos em loiros e eletrizados.
De castanho e liso a loiro e frisado
"A Síndrome dos Cabelos Impenteáveis é causada por uma mutação dos genes responsáveis pela formação de proteínas dos cabelos. Ela ocorre ainda na infância e faz com que os fios que naturalmente têm um formato cilíndrico nasçam com bordas assimétricas e irregulares, o que os torna quase impossíveis de alinhar", explica a dermatologista e tricologista Dra. Ana Carina Junqueira.
Quem tem essa síndrome costuma apresentar fios mais finos, sensíveis e quebradiços, secos e frisados, geralmente loiros quase brancos e volumosos, além de crescerem em um ritmo mais lento do que o habitual.
"A síndrome dos cabelos impenteáveis é rara e diferente de cabelos embaraçados. Nela os fios sofrem mudanças em sua estrutura — ficam ásperos, secos e rígidos, resistentes ao pentear, com crescimento lento e em várias direções", concorda Amanda Martucci, dermatologista da clínica Adriana Cairo, em São Paulo. Segundo ela, os fios são muito frágeis e podem ser danificados ou quebrados facilmente com o uso de acessórios de cabelo como elásticos.
Gatilho na infância
Os primeiros sinais tendem a aparecer logo após a primeira troca de cabelo dos bebês, mas podem acontecer em qualquer etapa da infância. "O diagnóstico não é tão simples quanto pode parecer e nem mesmo barato, já que só é possível com a ajuda de testes genéticos e exames microscópicos que possibilitem ver a conformação dos fios, disponíveis em poucos lugares do país", conta Ana Carina.
Óleo para desembaraçar
A boa notícia, segundo a dermatologista, é que por razões ainda desconhecidas essa condição geralmente melhora com o passar dos anos e os cabelos podem voltar a serem lisos ou ondulados, com uma leve mudança de tonalidade.
Enquanto isso não acontece, a dica é lavar os cabelos com menos frequência na semana, fazer uso de óleos capilares para conter o volume, além de evitar escovar e prender os cabelos, para não causar mais danos aos fios.
No caso de portadores dessa síndrome rara, os cabelos precisam de cuidados especiais. É preciso manter os fios sempre com muita emoliência, usando condicionadores nutritivos, e lavar os cabelos com menos frequência na semana. O uso de óleos capilares para conter o volume é uma ótima opção. Ana Carina, dermatologista
A médica acrescenta: "De maneira alguma opte por tratamentos químicos alisadores". O principal motivo para os cabelos embaraçarem é pelo ressecamento dos fios, (as cutículas abertas o deixam com aspecto de áspero).
"Assim, tudo que contribui para esse processo como química, água da piscina e do mar, aplicação frequente de secador e modeladores (chapinha e babyliss) podem piorar a situação", explica Amanda. Os tipos de fios que embaraçam mais são os mais finos e com química. "Os fios embaraçam por estarem com a cutícula aberta, o que dificulta o processo de pentear", diz Ana Carina.
Dicas para evitar os nós
Para começar, hidrate o cabelo semanalmente. E, ao lavar o cabelo, não precisa esfregar as pontas somente no couro cabeludo. Desembarace suavemente os fios com os dedos durante o banho. Utilize fronha de cetim no travesseiro e leave- in para facilitar a escovação.
"Para evitar a quebra do fio, evite usar pente ou escova durante o banho, use cremes sem enxágue para ajudar a desembaraçar. Após o banho, seque um pouco o cabelo (com a toalha sem friccionar) antes de usar pente ou escova e penteie o cabelo sempre das pontas em direção a raiz", ensina Amanda.
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