PMs que se negaram a levar vítima de estupro a delegacia serão investigados
Uma mulher que foi estuprada no Rio de Janeiro, no final de semana, contou que os policiais militares que a atenderam não quiseram levá-la até a delegacia para registrar a ocorrência. O crime aconteceu na manhã do último sábado, em Bangu. A Corregedoria da Polícia Militar informou ao UOL que vai investigar o caso.
A vítima relatou ao telejornal ao "RJ-TV", da TV Globo, que estava saindo para o trabalho e passou em frente a um terreno baldio. Ela foi surpreendida por um homem que exigiu que ela entregasse o celular e depois a estuprou. Sabendo que havia uma base da PM na área, a vítima foi pedir ajuda, mas questiona a forma como foi recebida pelos policiais.
"Eu cheguei na viatura gritando. Primeiro, os policiais acharam que eu era uma louca. Não deram muita bola. Mas eu falei: 'Moço, me tira daqui, me leva para casa, por favor, me tira daqui'. E ele falou: 'O que aconteceu, ô garota?'", disse a vítima na entrevista.
Ainda segundo a mulher, os policiais militares não quiseram levá-la até a delegacia e, ao chegar ao IML (Instituto Médico-Legal), horas depois, levada pela família, o médico lhe pediu para voltar dois dias depois para fazer o exame de corpo de delito.
Em nota, a Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que vai apurar a conduta dos dois policiais que atenderam a vítima. "Os policiais militares foram identificados e, por determinação do secretário Henrique Pires, a Corregedoria da Corporação vai apurar o caso", diz a nota da corporação. Pires é secretário de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
O UOL também pediu um posicionamento do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro e informações do boletim de ocorrência registrado pela vítima contra os agentes na Polícia Civil, mas ainda não teve retorno.
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