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Homem é flagrado dando socos e cabeçadas na esposa em calçada de São Paulo

Câmeras de segurança mostram Vladimir dando socos na esposa - Reprodução/Redes sociais
Câmeras de segurança mostram Vladimir dando socos na esposa Imagem: Reprodução/Redes sociais

Anahi Martinho

Colaboração para Universa, em São Paulo

02/12/2021 16h08Atualizada em 02/12/2021 16h08

O profissional autônomo Vladimir Leoratti Junior, de 43 anos, está sendo investigado na lei Maria da Penha após ser flagrado por câmeras de segurança agredindo a esposa com socos e cabeçadas. As agressões aconteceram no dia 14 de novembro, em uma rua da zona sul de São Paulo.

Erica Leoratti, de 44 anos, estava na casa de uma amiga, comendo pizza. O marido, que estava alcoolizado, apareceu no local, acusou-a de traição e desferiu socos e tapas na esposa na calçada, chegando a derrubá-la no chão.

A defesa de Vladimir foi procurada pelo UOL para comentar o caso, mas não se manifestou até o momento.

Imagens feitas por uma câmera de segurança mostram o momento no qual a enfermeira desce na portaria do prédio da amiga para conversar com o marido, que já se mostra alterado - a reportagem decidiu não publicar o vídeo, para preservar a vítima.

Ele segura os braços dela com uma mão enquanto dá socos e cabeçadas na mulher. Erica tenta se defender, mas acaba caindo no chão. Em seguida, um homem aparece na rua e intimida Vladimir, afirmando ser policial. O marido vai embora, mas minutos depois, volta ao local e dá chutes no carro de Erica.

Após vizinhos chamarem a polícia, Erica, o marido e testemunhas seguiram para a 2ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). O caso foi registrado como injúria e Vladimir foi liberado na mesma noite.

A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso foi investigado por meio de inquérito policial pela 2ª DDM no dia 24 de novembro.

Segundo a SSP, os autos foram encaminhados à Justiça e aguardam manifestação do Ministério Público. O agressor aguarda em liberdade.

Erica conseguiu também uma medida protetiva, que impede Vladimir de ficar a menos de 100 metros de distância dela, frequentar a residência onde moravam ou o hospital onde ela trabalha, e tentar qualquer tipo de comunicação com ela.

Assim mesmo, a vítima afirma estar com medo do ex-companheiro. "Tenho muito medo porque não sei o que pode acontecer. Eu tenho medida protetiva, mas eu continuo com medo dele."

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.