'Deu ruim e deu bom': Sexoterapia debate como a pandemia afetou as relações
A colunista de Universa Juliana Borges está prestes a se casar, mas a maior parte de suas amigas mais próximas só conheceu o noivo durante os preparativos para o evento — isso porque o casal se conheceu durante a pandemia e passou quase todo o relacionamento em isolamento social, sem conhecer amigos ou familiares. Por outro lado, a relação andou mais rápido, porque já nos primeiros momentos juntos tiveram que conversar sobre exclusividade, para evitar a contaminação por coronavírus.
Ela conta essa experiência no podcast Sexoterapia desta semana, na companha da editora de Universa Bárbara dos Anjos Lima e da sexóloga Ana Canosa, no episódio que debate justamente como a pandemia afetou as relações afetivas.
"Casais que sobreviveram à pandemia tem mais chances de ficar juntos", disse Bárbara, e Ana Canosa concordou, dizendo que a pandemia potencializou os sentimentos sobre as relações.
"Deu ruim e deu bom. A gente maximizou o olhar sobre as relações. E se questionou: 'Essa pessoa partilha dos mesmos valores que eu? Essa pessoa está junto comigo na proteção da nossa família? A outra pessoa dá conta da minha vulnerabilidade? Como a outra pessoa lida com a própria vulnerabilidade?'", percebe Ana Canosa.
"Existe um momento importante na vida dos casais que é essa formação da relação 'eu e tu', em que a gente se conhece muito, aprende sobre a gente, e depois existe uma decepção, uma ruína do ideal criado, que também é importante para a gente escolher de fato amar alguém. A contingência da pandemia acelerou esse processo e alguns casais não deram conta porque não tinham essa relação fortificada e já foram enfrentar convivência, a escova de dentes, e tem gente que tem mais flexibilidade e tem gente que não".
Para continuar ouvindo histórias sobre o assunto e entendendo como a pandemia afetou (e ainda está afetando) as relações, ouça o episódio completo no YouTube ou nas plataformas de áudio.
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