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Lya Luft escreveu sobre mulheres e maturidade: relembre frases da autora

Lya Luft, em foto de 2006 - Getty Images
Lya Luft, em foto de 2006 Imagem: Getty Images

De Universa

30/12/2021 14h21

A escritora Lya Luft morreu nesta quinta-feira (30), em Porto Alegre (RS). Ela estava com 83 anos e havia sido diagnosticada com câncer e chegou a ser hospitalizada em função da doença, mas estava em casa no momento do falecimento. Ao longo da vida, Lya publicou dezenas de livros, entre eles "As Parceiras" e "Reunião de Família", além de ter sido colunista mensal da revista Veja.

Para homenagear a autora, Universa selecionou trechos de suas obras que retratavam o universo feminino. Confira:

Ser mulher

"Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher".

Trecho da crônica "Canção das mulheres", do livro "Pensar é Transgredir" (2004)

Envelhecer

"Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força -- que vem do aprendizado"

Trecho de "Canção na plenitude", do livro "Secreta Mirada" (1997)

Maternidade

"Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços: misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência"

Trecho de "A Canção de Qualquer Mãe", publicado pela revista Veja em 2010.

Relacionamentos

"No relacionamento amoroso, familiar ou amigo, acredito que partilhar a vida com alguém que valha realmente a pena é enriquecê-la. Permanecer em uma relação desgastada é suicídio emocional, é desperdício de vida".

Trecho de "A Alma do Outro", publicado pela revista Veja em 2005.