Deolane ainda não quis: como voltar a se relacionar depois de ficar viúva?
A advogada Deolane Bezerra, viúva de MC Kevin, declarou durante uma participação no programa "A Hora do Faro", exibido no domingo, que desde a morte do marido não se envolveu romanticamente com mais ninguém. Questionada pelo apresentador sobre o assunto, ela disse: "Ainda não [beijei]. Faz sete meses. Acho que é algo que vai ter que ser assim muito natural, e não porque as pessoas querem".
Para completar, ela brincou: "Uma hora aparece um abençoado. Não é que eu não quero, que esteja fechada, é que não apareceu ninguém que tocasse ainda", reforçando que nunca foi de ficar com alguém logo no primeiro contato —e que agora acredita estar mais retraída.
Consultada por Universa, a psicóloga Elisa Rosa Vieira Costa, de Florianópolis (SC), explicou que, em caso de morte de uma parceria, existem diversos fatores a serem levados em conta antes que a outra pessoa consiga voltar a se relacionar. Entenda:
Sensação de culpa e traição
De acordo com Elisa, os sentimentos variam de acordo com o relacionamento antigo. "Mas, em muitos casos, viúvos podem sentir culpa e medo de se envolver afetivamente. Fica no ar uma dúvida, como se estivessem traindo a pessoa que se foi —quando na verdade a situação já foi rompida, não pela vontade de uma das partes, mas pela morte. Por isso, alguns demoram anos ou nem chegam a se comprometer novamente", aponta.
Um luto fiscalizado
Elisa relembra ainda a "etiqueta social" do luto, que determina a maneira como as pessoas devem vivenciá-lo. "Nós pensamos que se uma pessoa está chorando, é porque está triste mesmo. Já se ela foi vista em uma festa pouco tempo depois da perda, é porque não ligou tanto assim. Na verdade, cada um vivencia a experiência de uma forma. Estar perto dos amigos pode ser uma maneira de lidar e conseguir sobreviver a ele", exemplifica.
No caso das perdas românticas, o luto tende a ser ainda mais fiscalizado. "Existe ainda a questão do círculo social, da preocupação de como um novo relacionamento será recebido pela família e pelas pessoas de convivência. Os amigos podem, por exemplo, pensar: 'Poxa, já está com outro?', ou algo do tipo. Por isso é mais delicado", afirma.
Superação do trauma
Perder uma parceria romântica é o mesmo que romper a convivência com alguém que também era um amigo, um parceiro sexual e que, muitas vezes, participava da divisão das contas, por isso a experiência é profunda e tende a ser traumática.
"Por isso, para voltar a se relacionar é preciso estar preparado para seguir em frente e construir uma nova vida, se autopermitir ser feliz, encarar os possíveis julgamentos e não se entregar à sensação de que possa parecer uma traição", conclui a psicóloga.
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