Sonho realizado ou perder de vez o encanto? Como é transar com um famoso
Um vídeo exibindo o corpo nas redes sociais, uma piscadinha charmosa para a câmera durante um programa de TV, e pronto: é fácil se interessar por um famoso, principalmente quando ele tem carisma. Muita gente brinca sobre isso com os amigos, segue o artista nas redes sociais e às vezes até se arrisca a comentar em uma foto, junto a milhares de outras pessoas.
Mas, o que acontece quando esse interesse se torna recíproco —e surge a oportunidade de concretizar fantasias, ainda que em uma relação casual?
Para Carolina Freitas, mestre em psicologia e especialista em sexualidade da plataforma "Sexo sem dúvida", só existem dois caminhos. "Um deles é se frustrar ao perceber que a imagem idealizada da pessoa não corresponde à realidade", explica. O outro é se encantar ainda mais, o que não necessariamente é um problema. "Se foi uma fantasia que foi bem realizada e finalizou por ali, é algo tranquilo de se lidar", comenta. Mas é preciso tomar cuidado com as expectativas.
Michele* e Lorena*, que preferem não se identificar, já passaram por situações parecidas e compartilham suas experiências com Universa:
'Ele dizia que não queria se envolver, para não prejudicar a carreira'
"Comecei a trabalhar em uma produtora de música e estava muito feliz, porque era um emprego que eu sempre almejei. Na primeira semana, tive contato com um artista da área e comecei a segui-lo no Instagram. Como nossa reunião tinha sido presencial, ele me seguiu também. Logo tomou a iniciativa de me convidar para sair e nós ficamos juntos. Saíamos aos finais de semana, eu dormia na casa dele e nos falávamos sempre.
Logo no primeiro encontro, algo me chamou a atenção. Ele questionou se as minhas unhas eram reais, se meu cabelo era aplique, se usava lentes de contato ou já tinha feito lipoaspiração. Eu só respondi que não, que sou uma pessoa normal. Acho até que esse foi um fator para que ele se interessasse por mim, por eu ser diferente do estilo de mulheres com as quais ele costumava sair, que costumam fazer muitos procedimentos de beleza.
Nosso envolvimento durou só dois meses. Ele passou a dizer que estava ocupado, quando na verdade saía para ver outra pessoa. Ao mesmo tempo, dizia que não queria se envolver, para não prejudicar a carreira, mas pedia que eu não ficasse com mais ninguém. Eu tinha terminado uma relação havia pouco e ele me fez prometer que eu não voltaria a ver meu ex-namorado.
Por um tempo eu pensei que ele estava tão envolvido quanto eu, se entregando e sendo legal. Depois de perceber que era apenas uma fachada, uma tentativa de me manipular, paramos de nos encontrar. Hoje quando ele me chama nas redes sociais, prefiro não responder. Uma fofoca se espalhou no meu ambiente de trabalho e acabei sendo demitida.
Evito ver os conteúdos dele, mas com as músicas é quase inevitável esbarrar. Eu escuto sem rancor, mas prefiro manter distância, porque elas me dão uma angústia, me fazem lembrar uma época difícil. Hoje faço terapia, acho que foi uma experiência traumática e não me envolveria com alguém famoso novamente", Michele*, 23 anos, relações públicas, de São Paulo.
'Fiquei insegura, pensando no tanto de mulheres lindas com quem ela já tinha ficado'
"Encontrei, via app de namoro, o perfil de uma youtuber famosa no meio LGBTQIA+, por quem eu sempre tive uma quedinha. Começamos a conversar, descobrimos que ela estudava perto da minha casa e marcamos um encontro.
Confesso que fiquei ansiosa, com medo de a minha casa ser simples demais, de o meu papo não ser legal o suficiente. E fiquei insegura quando pensei em quantas meninas lindas ela já tinha levado para a cama.
No final, a experiência foi incrível porque eu me senti 'capaz' de ser interessante para alguém que eu admirava muito. Além disso, os papos renderam e a gente conversava por horas todos os dias.
Por outro lado, o sexo não foi o que eu esperava. Ela gozou duas vezes e eu, nenhuma. Não sei se eu esperava mais, por ela ser famosa —ou se, justamente por ser desejada por muitas meninas, não se esforçou tanto para agradar. Por causa disso, não nos vimos mais", Lorena*, 30 anos, bancária, de São Paulo.
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