Em evento da Saúde, Damares relaciona gravidez na adolescência com TikTok
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, relacionou a gravidez na adolescência ao uso do TikTok, aplicativo de vídeos curtos. Em evento do Ministério da Saúde para discutir gestação precoce, a ministra disse que a responsabilidade não pode ser atribuída à pasta que apresentava o painel.
"Não vem papai e mamãe jogar no colo do Ministério da Saúde: 'Resolva, minha filha engravidou', depois que deixou sua filha com 8 anos ir para o TikTok vender seu corpo. Uma coisa está muito atrelada com a outra", afirmou.
Damares também se posicionou contra a legalização do aborto no Brasil: "Se acontecer uma gravidez, vida é vida". Em outros eventos, a ministra disse que a melhor forma de prevenção pública é a abstinência.
Especialistas ouvidos por Universa em reportagem de 2020 que repercutiam uma pesquisa sobre o tema afirmaram que a questão não é quando se inicia a vida sexual, mas se ela é feita de forma segura e bem instruída.
No entanto, um dos projetos de Damares é o "Escolhi Esperar", movimento criado pelo pastor Nelson Neto Junior em 2011 que prega o sexo após o casamento. Com isso, a ministra quer incluir a abstinência nos debates sobre educação sexual nas escolas.
Polêmicas
Damares Alves é uma das figuras mais polêmicas do governo de Jair Bolsonaro (PL) e coleciona falas com grande repercussão negativa.
Em setembro de 2020, a ministra afirmou que uma menina que foi estuprada pelo tio dos seis aos dez anos de idade, no Espirito Santo, deveria ter levado a gravidez adiante e feito uma cesárea.
Meses depois, a ONU pediu que o ministério liderado por Damares esclarecesse o que tem sido feito no Brasil para garantir que, dentro da lei, mulheres tenham acesso ao aborto seguro. Num documento obtido pelo colunista Jamil Chade, do UOL, a entidade ainda cobra explicações sobre o que tem sido feito para assegurar a proteção às mulheres no Brasil e pede detalhes sobre o orçamento para esse fim.
Já em 2021, Damares usou sua conta no Twitter para criticar o serviço de aborto por telemedicina do país. Segundo ela, a "recomendação põe em risco a vida das mulheres, dada a incompatibilidade do uso da telemedicina na execução de aborto".
A ministra também foi ridicularizada na internet por outros episódios, como quando disse que rosa era cor apenas para meninas e chamou Elsa, do filme Frozen, de lésbica.
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