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Mercúrio está retrógrado e ficará mais três vezes em 2022: saiba o esperar

Pra-chid/Getty Images/iStockphoto
Imagem: Pra-chid/Getty Images/iStockphoto

Claudia Dias

Colaboração para Universa

03/02/2022 04h00

Entre as peculiaridades de 2022, a famigerada retrogradação de Mercúrio acontece quatro vezes neste ano, diferente das três ocorrências geralmente registradas. Tal cenário, por si só, não é nada que mereça alarde, mas o planeta vai, sim, influenciar acontecimentos importantes do período, como as eleições no Brasil.

A primeira temporada de Mercúrio Retrógrado começou em 14 de janeiro e vai até o próximo dia 4 de fevereiro. Os demais ciclos vão acontecer entre 10 de maio e 3 de junho, 10 de setembro a 2 de outubro e 29 de dezembro a 18 de janeiro de 2023.

"O fato de 2022 ter quatro períodos de retrogradação de Mercúrio é apenas uma coincidência. Nosso calendário gregoriano foi feito com base em aproximações; não tem uma matemática exata em função dos movimentos astronômicos. Então, de tempos em tempos, coincide de haver um quarto ciclo de retrogradação - ou parte dele, como ocorre agora - em um mesmo ano. Não é a primeira vez que isso ocorre, nem será a última", afirma a astróloga, taróloga e psicanalista Virginia Gaia.

O que esperar do Mercúrio Retrógrado

A retrogradação nada mais é do que uma ilusão ótica. Isso porque Mercúrio apenas desacelera seu movimento. Entretanto, do ponto de vista terrestre, parece que ele começa a "andar para trás".

Com essa desaceleração, temas relacionados ao planeta (comunicação, cotidiano, comércio, entre outros) podem apresentar certos ruídos, mas nada que justifique a fama de vilão que Mercúrio Retrógrado (o chamado MR) leva à toa.

Como não poderia deixar de ser, todas as retrogradações refletem temas mercuriais em relação aos signos (temas) onde ocorrem. Dessa forma, é possível identificar o que vem pela frente:

De 14 de janeiro, no signo de Aquário, a 4 de fevereiro, em Capricórnio: assuntos relacionados à ciência, à comunicação de massa (Aquário) e de planejamento de longo prazo, carreira e posições de poder (Capricórnio) serão mais evidenciados.
De 10 de maio, no signo de Gêmeos, a 3 de junho, em Touro: temas associados às finanças e aos valores essenciais (Touro) vão ganhar mais atenção.

De 10 de setembro, no signo de Libra, a 2 de outubro, em Virgem: os assuntos relacionados à diplomacia, aos relacionamentos dos mais diversos tipos (Libra), à saúde, à organização de agenda e ao cotidiano (Virgem) serão os temas de maior impacto.
De 29 de dezembro a 18 de janeiro de 2023, no signo de Capricórnio: o período será de foco em tudo o que for relacionado ao planejamento de longo prazo, carreira e posições de poder (Capricórnio).

Tensão às vésperas das eleições

O fim da terceira retrogradação de Mercúrio, neste ano, vai coincidir exatamente com o dia do primeiro turno das eleições presidenciais - 2 de outubro. Como o planeta é o regente da comunicação, pode-se esperar um período de maior tensão nesse segmento.

"Pode haver uma 'guerra de informação e desinformação' sobre resultados", avisa Virginia. Ela destaca a coincidência de, em meio a um ciclo político marcado pela disseminação de fake news, haver uma eleição coincidindo com a retrogradação de Mercúrio. "Estamos diante de uma sincronicidade que merece maior reflexão para nosso crescimento pessoal e coletivo", argumenta.

Além dessa simultaneidade de Mercúrio, Marte entra em retrogradação exatamente na data em que está previsto o segundo turno das eleições (30/10). Isso deve esquentar o clima no país, já que Marte é o planeta da guerra e das expansões.

"Marte retrógrado fará com que a eleição possa contar com maior agressividade de truculência. As brigas sem motivo também podem se fazer mais presentes. Mais uma vez, é preciso notar a sincronicidade e utilizarmos isso como oportunidade para crescimento pessoal e coletivo", frisa Virginia.


Todos planetas ficam retrógrados

A astróloga lembra que, com exceção do Sol e da Lua, todos os planetas ficam retrógrados em seu movimento aparente, quando observados a partir da perspectiva terrestre.

"Essa ilusão de ótica é resultado da dinâmica das órbitas dos planetas, suas distâncias e diferentes tempos para completar uma volta ao redor do Sol, ou seja, é algo natural e observado desde os primórdios da astrologia e da astronomia", frisa.

Nos períodos de movimento mais lento, a astróloga destaca a oportunidade para uma autoanálise e o crescimento pessoal e coletivo. "Há de se notar que, em toda retrogradação há a oportunidade de resolução de temas em definitivo, quando aquele assunto é bem trabalhado e assimilado internamente", defende.