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Pagar mais às mulheres, liderança e mais: ações feministas de Elizabeth 2ª

Rainha Elizabeth II comemora 70 anos no topo da monarquia britânica - Getty Images
Rainha Elizabeth II comemora 70 anos no topo da monarquia britânica Imagem: Getty Images

Júlia Flores e Rafaela Polo

De Universa

06/02/2022 16h49Atualizada em 08/09/2022 15h12

A morte da rainha Elizabeth 2ª foi anunciada na tarde dessa quarta-feira (8). Aos 96 anos, onde 70 deles passou a frente da monarquia inglêsa, a monarca deixa um legado por suas ações.

A própria Olivia Colman, atriz vencedora do Oscar que interpretou a rainha na última temporada da série "The Crown", já declarou que considera Elizabeth II "a maior feminista": "Ela é a ganha-pão da família real, é quem estampa nossas moedas e cédulas".

Apesar das críticas envolvendo sua falta de posicionamento sobre os direitos das mulheres, as polêmicas com a princesa Diana e, mais recentemente, com a duquesa de Sussex Merghan Markle, Elizabeth II protagonizou alguns episódios disruptivos durante o seu reinado.

Selecionamos cinco desses momentos em que a rainha agiu como "a feminista":

Primeira mulher da família real a servir as Forças Armadas em tempo integral

A rainha é a única chefe de estado (do mundo!) que serviu durante a Segunda Guerra Mundial e que continua viva. Além disso, ela foi também a primeira mulher da família real a se juntar às Forças Armadas.

Inclusive, aperfeiçoou suas técnicas no volante durante o conflito, porque era responsável por dirigir caminhões e aprendeu a consertar carros no Serviço Territorial Auxiliar Feminino.

Ao pilotar um carro com o rei da Arábia Saudita no banco do passageiro

Rainha Elizabeth II dirige um Land Rover - Getty Images - Getty Images
Rainha Elizabeth 2ª dirige um Land Rover
Imagem: Getty Images

Em 2003, a rainha convidou o rei Abdullah para dar uma volta em sua propriedade de Balmoral, na Escócia, durante uma visita oficial. Na época, as mulheres da Arábia Saudita não tinham permissão para dirigir o próprio carro.

"Abdullah não estava acostumado a ser conduzido por uma mulher, muito menos uma rainha", escreveu o diplomata Sherard Cowper-Cowles em um livro de memórias. "Instigado por seu ministro das Relações Exteriores, o rei Abdullah, inicialmente hesitante, aceitou o convite da rainha (para dar um passeio). Os Land Rovers reais foram parados em frente ao castelo. Conforme instruído, o rei sentou-se no banco da frente e seu intérprete, atrás. Para sua surpresa, a rainha subiu no banco do motorista, ligou a ignição e partiu", relatou o embaixador.

Sempre andava à frente de seu marido, Príncipe Philip

Rainha Elizabeth II e seu então marido, o Príncipe Philip. Ele sempre andava atrás dela - Getty Images - Getty Images
Rainha Elizabeth 2ª e seu então marido, o Príncipe Philip
Imagem: Getty Images

O príncipe Philip, morto em abril de 2021, sempre andou atrás da rainha.

Isso porque a tradição diz que a família real sempre ande em uma ordem de precedência, a mesma linha de sucessão ao trono. Antes era assim: Elizabeth à frente, seguida por Philip, Charles, Camilla, depois William e Kate Middleton.

Foi em seu reinado que as regras de sucessão mudaram

A família real britânica em foto de 2017 - Getty Images - Getty Images
A família real britânica em foto de 2017
Imagem: Getty Images

Em 2011, a rainha foi a responsável por supervisionar mudanças nas leis de sucessão ao trono britânico. Até então, as regras definiam que o herdeiro deveria ser sempre o primogênito do monarca.

Agora, o gênero não importa. Se William e Kate tivessem tido primeiro uma filha, ela seria a indicada ao trono. Mas, no caso, o primeiro filho do duque e da duquesa de Cambridge é o príncipe George.

Exemplo de poder feminino

A rainha durante evento dos 100 anos do Women's Institute  - Getty Images - Getty Images
A rainha durante evento dos 100 anos do Women's Institute
Imagem: Getty Images

Sem dúvidas, o maior feito feminista de Elizabeth II é ocupar o espaço que ocupa, e ser uma mulher no topo dos líderes mundiais.

Em junho de 2015, ela abriu a 100ª reunião do Women's Institute (WI) no Royal Albert Hall, em Londres, comemorando os avanços e conquistas das mulheres no último século: "No mundo moderno, as oportunidades para as mulheres darem algo de valor à sociedade são maiores do que nunca, porque, por meio de seus próprios esforços, elas agora desempenham papéis significativos em todas as áreas da vida pública".

Paga mais às mulheres

Apesar da diferença salarial que existe no mundo inteiro entre homens e mulheres, a rainha Elizabeth 2ª sempre achou mais justo dar salário mais altos as mulheres que trabalhavam com ela. Um relatório divulgado pela Comissão de Igualdades e Direitos Humanos do Reino Unido mostrou que elas recebem, por hora, cerca de 8,3% a mais que os homens.

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