Topo

Toda natural, bonita pra caramba!

Especial PPKabeludas: personagem Júlia Motta - Lorena Vinturini/UOL
Especial PPKabeludas: personagem Júlia Motta Imagem: Lorena Vinturini/UOL

Mariana Gonzalez

11/02/2022 07h00

Esta é a versão online para a edição desta sexta-feira (10/2) da newsletter Universa. Para assinar esse e outros boletins e recebê-los diretamente no seu email, cadastre-se aqui.

O meme, que veio da boca da carioca Cariúcha, é cada vez mais uma realidade, à medida que mais e mais mulheres estão abrindo mão de artifícios que não nos deixam confortáveis e descobrindo beleza em detalhes naturais do corpo, como os pelos.

— Em reportagem especial desta semana, Universa ouve quatro mulheres que abriram mão da depilação nas axilas e na virilha sobre seus processos de aceitação dos pelos:

"Me depilei pela primeira vez aos 10 anos, depois que um menino disse que meu corpo lembrava o de um lobisomem. Senti que não era uma coisa que eu fazia porque queria, mas por medo de julgamento externo", lembra a estudante Júlia Motta de Brito, de Salvador, que aparece na foto que abre esta newsletter.

— A matéria também explica a importância dos pelos para a nossa saúde e questiona o padrão de beleza "lisinho" que estamos acostumadas a abraçar.

E por quê?

"É preciso repensar a hierarquia social (e sexual!) entre homens e mulheres para mudarmos esse cenário", sugere a socióloga e ativista feminista Jéssica Petit.

— A "necessidade" de usar salto e sutiã também veio à tona nos últimos dias, depois que Jessi, do BBB, contou a colegas de confinamento que não usa nem um dos dois. A professora tem apenas um sutiã, que usa em sala de aula. Fora da escola, nem pensar. Assim como ela, outras mulheres também estão abandonando as peças, e disseram a Universa porque tomaram essas decisões.

"Há um tempo, era impossível para mim sair sem sutiã, mas, agora, não fico incomodada. A questão sempre foi o conforto. O ferrinho do sutiã me machucava, feria a minha pele, me marcava e apertava. Não era nada legal. E sempre que usava salto, meus pés doíam muito", contou a também professora Nayara Cezário, de 23 anos.

Difícil não se identificar, né?

Claro que todos esses artifícios - depilação, sutiã de bojo, salto alto, maquiagem - também podem elevar a autoestima e fazer a gente se sentir melhor, mas é importante que façamos a pergunta: isso me deixa confortável? Vale refletir!

Stalkeadas

'Vou sair rolando' e mais: frases do 'BBB' sobre autoimagem pra não repetir '

Desde o início do programa, o elenco do "BBB 22" tem reproduzido ideias distorcidas sobre o ato de comer e uma supervalorização do corpo magro. Aqui, nutricionistas comentam falas sobre o tema e explicam por que elas deveriam ser evitadas.

'Golpista do Tinder' seria preso no Brasil? Entenda estelionato sentimental
Entenda estelionato sentimental Simon Liviev, protagonista do doc na Netfilix, enganou mulheres e substraiu quase 10 milhões de dólares delas em golpes -- mas só foi preso por usar passaporte falso. E aqui, qual poderia ser seu destino?

Vale o clique!


'Visão feminista de classe alta não vê que igreja evangélica pode fortalecer mulher' '

O Brasil vai virar um país evangélico. E o autor do livro "O Povo de Deus", Juliano Spyer, analisa o espaço das mulheres na religião.

No centenário da Semana de 22, artistas trans comentam avanços e entraves nas artes

Há 100 anos, algumas mulheres abriram espaço nas artes. Hoje, outras ainda sofrem para trabalhar no ramo.

Número da semana

5

momentos feministas da rainha Elizabeth 2ª, que completa 70 anos no poder