Tatiana Vasconcellos estreia em Universa: 'Mulheres estão em transformação'
A frase escrita na placa pendurada na sala do apartamento, "somos as palavras que trocamos", se tornou um mantra para a jornalista Tatiana Vasconcellos, âncora do "Estúdio CBN", da rádio CBN, e cocriadora do podcast "Na Morada". O presente dado por uma amiga expressa a ideia de transformação que ela tanto busca na vida e pretende dividir em sua coluna em Universa, que estreia hoje.
Em seus 23 anos de jornalismo, vividos principalmente no rádio, a apresentadora passou a incluir a temática de gênero em seus projetos de forma orgânica. "Essa questão foi aparecendo à medida que eu também fui me transformando, em um processo nada solitário. O movimento acontece às custas de muita terapia e conversa com outras pessoas, principalmente mulheres", diz a jornalista, que exercitou essa escuta durante a apresentação da série "Na morada", na qual apresentava, ao lado da amiga e jornalista Laura Cassano, histórias de mulheres que moram sozinhas.
"Minha formação, óbvio, veio impregnada de machismo, uma vez que a nossa cultura é assim. Somos formadas para, então, tomar ciência de como fomos moldadas e, dessa forma, reestruturar tudo. Passei por esse processo de transformação, assim como boa parte das mulheres também o encara", reflete.
Para ela, o espaço em Universa vai ao encontro do desejo de compartilhar realidades tão inerentes à existência feminina. "Na coluna, quero falar de questões com viés de gênero pelo fato de eu ser uma mulher. Olho para o mundo a partir desse lugar e escrever a partir dele. O intuito é tentar mostrar aspectos aos quais, talvez, quem está do outro lado não tenha se atentado", afirma a colunista, que espera que os homens também acompanhem esses diálogos.
Descobertas maduras
Tatiana acredita que, de tempos em tempos, precisamos dar um "F5 em nós mesmas" e se perguntar: quem eu sou, o que penso e quero? "Estamos em movimento o tempo todo, por isso, os 44 anos, para mim, não representam um ponto de chegada, mas sim de descobertas", considera. Para a colunista, seus textos de opinião serão feitos em uma via de mão dupla com leitores, para encontrar novos caminhos diante de tanta obviedade e repetição.
Do ponto de vista profissional, a paulistana já precisou recalcular a rota. Filha de jogadores amadores de vôlei, Tatiana levou o esporte como seu principal foco dos 11 aos 17 anos. Entretanto, a pressão social para escolher um curso na faculdade e seu 1,60 m pesaram contra a decisão de seguir ou não como atleta federada. "Queria escolher algo que tivesse a ver com o que gostava. Pensei em fisioterapia, educação física, esporte. E, no fim, queria mesmo era consertar o mundo, que na minha visão estava muito errado", lembra.
Íntima das redes sociais, especialmente no Twitter, onde compartilha opiniões sobre o seu cotidiano e o do mundo para mais de 100 mil seguidores, Tatiana tem notado um novo comportamento da sua parte. "Já fui mais impulsiva nas redes, mas mudei de forma orgânica. O fato de ter tanta gente dando opinião me faz questionar se tem alguém disposto a escutar também", comenta.
A coluna de Tatiana Vasconcellos será publicada toda sexta-feira, aqui em Universa.
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