Desodorante natural é eficaz? Conheça os benefícios e 7 marcas para testar
O termo desodorante se refere ao cosmético que diminui o odor causado pela decomposição do suor por fungos e ou bactérias, ainda mais nos dias quentes de verão.
Já os antitranspirantes, além de antissépticos, trazem complexos de alumínio na composição e funcionam como inibidores da transpiração. "A maioria dos antitranspirantes tem também ação desodorante, mas a maioria dos desodorantes não age como os antitranspirantes", explica a dermatologista Valéria Campos.
Eis que uma revolução vem acontecendo nesse mercado, impulsionada pela beleza limpa e natural: uma onda de lançamentos de produtos que combatem o mau cheiro com menos ingredientes tóxicos ou irritantes à pele e ao meio ambiente.
"Os desodorantes sem alumínio são eficientes no combate ao mau cheiro, fazendo o controle das bactérias responsáveis por essa condição. Por outro lado, não produzem efeitos na redução do suor excessivo.
Eles também levam em sua composição ativos antissépticos, com função antimicrobiana", explica a dermatologista Larissa Oliveira.
Menos alumínio, menos risco de manchas nas axilas
Todos os antitranspirantes contêm sais de alumínio. Eles agem nas glândulas sudoríparas, obstruindo parcialmente o ducto da glândula do suor, reduzindo assim a quantidade de suor que é produzida. Acontece que o alumínio pode ser um ingrediente irritante —dependendo da concentração e da frequência de uso. "O alumínio pode causar vermelhidão na pele (que pode evoluir para ressecamento); queimação e coceira na região; escurecimento da pele (com o uso prolongado de desodorante em pessoas alérgicas, a coceira e o trauma local podem contribuir para agravar o sintoma)", diz Larissa.
"Os sais de alumínio presentes nos desodorantes são responsáveis por obstruir os poros da pele, impedindo a eliminação das toxinas pelas axilas. Desta forma, as toxinas que não são eliminadas irão se acumulando nas glândulas localizadas abaixo das axilas", acrescenta.
Menos triclosan e parabenos, menos alergia
O triclosan combate o crescimento de fungos e bactérias. "A preocupação com doenças e a popularização de produtos antibacterianos levou a um efeito paradoxal que é o aumento da resistência bacteriana", diz Valéria. Isso sem falar da preocupação com a contaminação do ambiente com essa substância —que pode causar o surgimento de bactérias mais resistentes.
"Isso acontece porque o uso excessivo de agentes bactericidas e antibióticos mata as bactérias mais fracas, fazendo com que somente as mais fortes sobrevivam e se reproduzam", explica a dermatologista. E tem mais: "O que torna perigoso seu uso em produtos como desodorante é que o triclosan é um desregulador endócrino", acrescenta Larissa.
O triclosan tem propriedades antissépticas. "O fato de não ser biodegradável faz com que muita gente opte por não utilizá-lo", completa a dermatologista Michele Monteiro, membro da SBD.
Já os parabenos são utilizados como conservantes nos cosméticos. "Seu uso pode desencadear alergias, sensibilidade e irritações cutâneas", embora seja considerado seguro por órgãos como a Anvisa. "Porém, pesquisas mais recentes têm demonstrado que essa substância pode causar danos à saúde, como problemas de pele (urticária, dermatite e inchaços); estímulo à desregulação endócrina (alterando o metabolismo de hormônios e até mesmo das células de gordura) e favorecimento ao desenvolvimento de câncer (por imitarem a ação do estrogênio, aumentando os níveis deste hormônio no organismo e, assim, promovendo risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer)", ressalta Larissa.
No Brasil, a Anvisa permite uma concentração de até 0,3% de triclosan em produtos de higiene pessoal. Um outro problema é a dermatite de contato, ou alergia. "Fabricantes afirmam que o triclosan, após sua aplicação, tem seus efeitos estendidos por até 12 horas. Por isso, vale ter cuidado com a exposição solar, que em contato com o ativo, pode causar erupção de pele", diz Valéria.
Menos é mais
O recomendado é aplicar o desodorante no início do dia, na pele limpa, mas pode ser reaplicado antes dos exercícios. "Os desodorantes naturais possuem ativos como óleos essenciais, aloe vera em gel e manteiga de karité. Costumo indicá-los para gestantes e também para pacientes que optam por utilizar produtos orgânicos e veganos, uma demanda crescente", finaliza Larissa.
Para experimentar:
Desodorante com Magnésio e Esqualano, Biossance, R$ 139 Em bastão, sua fórmula é livre de toxinas, alumínio, álcool, fragrâncias artificiais. Com mix de óleos essenciais cítricos para um aroma refrescante e efeito calmante na pele. À prova de manchas.
Sweet Pitti Deodorant Cream, DRUNK ELEPHANT, R$ 159 Formulado para suavizar, hidratar e manter a pele das axilas livre de odores. Não contém bicarbonato de sódio, óleos essenciais ou ingredientes derivados do alumínio. Com ácido mandélico e araruta absorvente, elimina bactérias causadoras de odores enquanto absorve o excesso de umidade da pele.
Rio Deo, Sol de Janeiro, R$ 119 Livre de alumínio e bicarbonato de sódio, elimina o odor e perfuma a pele com fragrância que contém notas de pistache e caramelo salgado. Sua fórmula, com 98% de ingredientes de origem natural contém ésteres de ácido cítrico, o que impede a formação de bactérias causadoras de odor. Ainda traz enzima de papaya, que esfolia para remover as células mortas da pele.
BemBio, R$ 18 Biotranspirante com formulação natural, sem alumínio e ativos sintéticos. E em aerossol. À base de água, oferece 24h de proteção sem ocluir os poros. E o gás utilizado emite até três vezes menos CO2 que os convencionais.
Desodorante roll on, Boni Natural, R$ 28,99 Sem alumínio e com óleo de coco e magnésio (e perfume de lavanda), não tem parabenos, petrolatos e triclosan.
Desodorante de Sálvia, Weleda, R$ 52 Os óleos essenciais de alecrim e o tomilho refrescam todos os tipos de pele. Sem sais de alumínio e substâncias sintéticas.
Souvie Hidratante Desodorante, R$ 50 suaviza e não causa irritações na pele sensível da axila. Além disso, sua fórmula possui ativos hidratantes e é livre de sais de alumínio, triclosan e parabenos.
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