Brasileiras que contrataram barrigas de aluguel na Ucrânia relatam angústia
A invasão da Rússia ao território ucraniano entra na segunda semana e, além dos males para as pessoas que vivem na região, a guerra também tem gerado angústia em casais brasileiros que contrataram serviços de clínicas de barrigas de aluguel na Ucrânia estão angustiados.
Com a guerra, ficou difícil viajar ao país para acompanhar o nascimento dos bebês e trazê-los ao Brasil. "Estou extremamente abalada. A gente não sabe se até lá, o bebê, a minha gestante vai estar viva", disse uma das mães que contratou serviço em entrevista ao Fantástico deste domingo (6).
A Ucrânia é um dos países que mais recebe casais do mundo todo com desejo de ter filhos através de barriga de aluguel. O método é legalizado e regulamentado, com preços mais baixos do que outras partes do mundo. O país tem cerca de 16 clínicas e muitas famílias brasileiras estão na lista de clientes.
O acompanhamento da gestação é feito à distância, e os futuros pais só retornam ao país após o nascimento da criança. Mas, com o início da guerra, os filhos estão nascendo na Ucrânia e os pais não conseguem resgatá-los.
O programa mostrou o drama de Priscila, cujo filho previsto para nascer dentro de três semanas e tem esperança que a guerra acabe até lá. "A gente tem muita fé que isso vai acontecer e que dia 25 a gente vai conseguir sair do Brasil rumo a Kiev, ou qualquer país vizinho. É um pedacinho da gente que está lá do outro lado do mundo. Está tudo aqui pronto, a família toda esperando por ele", disse a mãe.
Uma outra mãe, que preferiu não se identificar, fez um apelo para ter seu bebê nos braços quando ele nascer, daqui a quatro meses. "O tratamento de barriga de aluguel na Ucrânia é a única forma que eu consegui de ser mãe de um filho meu e do meu marido. Faço um apelo ao nosso governo brasileiro e as nossas Forças Armadas, que nos ajudem a buscar os nossos bebês e trazer para a fronteira em segurança", afirma.
O programa também mostrou a história de Kelly e Fabio. Os dois estavam na Ucrânia desde 7 de janeiro e agora, com a filha Mikaela nos braços, tentam voltar em segurança para casa, como o "Fantástico" mostrou no último domingo (27).
Nesta semana, eles deixaram o abrigo custeado pela agência e pegaram um trem para Liviv, na tentativa de sair do país, com destino à Polônia. Os três precisaram passar a noite em uma estação, sem comida.
O casal Alessandra e Anderson, de Blumenau, em Santa Catarina, tem um bebê na 39ª semana de gestação, e tinham passagem comprada para Kiev esta semana, mas o voo foi cancelado. Agora, eles estão aguardando em Frankfurt, na Alemanha, esperando que seu voo seja remarcado.
A reportagem do "Fantástico" afirma que há outros casos semelhantes de casais espalhados pelo Brasil que sonhavam em aumentar a família e agora sofrem com a falta de informações sobre seus bebês.
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