Como Karina Bacchi e Andressa Urach: após fama, elas escolheram a religião

Batizada em uma igreja evangélica há mais de dez anos, a atriz Karina Bacchi revelou que largou a profissão por ir contra a sua religião. "Na Bíblia, a gente vê que Deus não se agrada do adultério. Uma atriz casada que vai interpretar uma cena na qual ela vai ter que beijar, abraçar... Aquilo não é considerado adultério?", disse Karina em conversa com o pastor Rodrigo Silva no canal Positivamente Podcast, do YouTube, no fim do ano passado.

Nesta sexta-feira (18), ela deu ainda mais detalhes sobre suas escolhas: Karina disse que não se sentia à vontade no meio artístico da Globo, e em entrevista ao YAHPodCast afirma que as festas dos diretores tinham drogas e sexo. Pelo que testemunhava, justifica, começou a colocar na balança se os seus personagens davam exemplo.

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Outras mulheres como Karina também escolheram interromper a carreira após encontro com a religião. Relembre algumas delas e o que já disseram sobre o tema.

Débora Brasil

A ex-dançarina de axé atuava no É o Tchan quando o grupo ainda se chamava Gera Samba, na década de 1990. Hoje, aos 50 anos, é missionária evangélica e já apresentou o programa Na Lente, de entrevista e entretenimento, exibido num canal comunitário de Vitória (Espírito Santo).

Em 2018 ela disse: "Hoje sou missionária. Me converti já tem 13 anos e hoje, ao invés da dança, levo a palavra de Deus, que salva, liberta, edifica a vida. Estou feliz com o que Deus tem feito, tenho pregado no Brasil todo, cantando louvores", disse a ex-dançarina na sua estreia como apresentadora.

Débora deixou o grupo em 1997, e o posto foi assumido por Scheila Carvalho, que venceu um concurso no "Domingão do Faustão" no mesmo ano.

Valéria Valenssa

Durante 15 anos, a carioca surgiu com o corpo pintado na vinheta da Globeleza, na Globo. Ela, que hoje tem 50 anos, ocupou o posto dos 18 aos 33 anos, quase sem parar, inclusive em suas duas gestações. Apesar de ser lembrada assim por gerações, ela conta, em entrevista recente a Universa, que não se via como símbolo de sensualidade, mas que precisava manter uma postura firme para ser vista com respeito e não com vulgaridade.

Converteu-se após sua demissão da Globo, em 2004, época em que sofreu de depressão profunda. "Sempre tive Deus no meu coração. Mas não estava preparada. Tinha dois filhos pequenos, planejei fazer mais dois anos de Globeleza e a Globo me mandou embora. Foi um baque muito grande. Mas já superei", conta ela ao UOL.

É essa trajetória que Valéria costuma contar em igrejas evangélicas. Nos cultos, ela relembra a fama e fala das vezes em que ficou perto da morte. Uma delas foi no acidente que fez o avião em que ela estava com o ex-marido, o designer Hans Donner, cair na Baia de Guanabara, em 1997.

"Irmãos, eu já caí de avião, capotei de carro, capotei de barco, já bati de barco e a cobra já duas vezes quase me pegou. Então, quando a gente para pra pensar nas coisas que acontecem na nossa vida, é só mesmo o propósito que Deus tem em nossas vidas. Estou de pé pela misericórdia, viva pela misericórdia e pela graça de Deus", diz num culto assistido pelo jornal "Extra".

Andressa Urach

A ex-modelo e apresentadora se converteu à Igreja Universal em 2015, depois de ficar entre a vida e a morte por uso de hidrogel no corpo. Na época, ela deixou a RedeTV! e foi para a RecordTV, do bispo Edir Macedo, fundador e líder da IURD. A modelo chegou a condenar o sexo antes do casamento, dizendo que seria "prostituição".

Andressa seguiu a IURD até 2020, quando terminou seu contrato com a Record. Naquela época, afirmou ter se sentido mais usada na igreja do que na prostituição, e com os laços rompidos, pede na Justiça a devolução de cerca de R$ 2 milhões em doações, feitas à denominação entre 2015 e 2019. Ela afirma que foi coagida por pastores e que sofreu lavagem cerebral. A Igreja diz, em sua defesa, que Andressa é ingrata e que mente.

Mesmo com o rompimento com a IURD, Urach se apresenta hoje como uma mulher temente a Deus e conservadora. Mãe de Leon, de 1 mês, grava vídeos mostrando sua rotina. Em alguns deles aparece ao lado do marido, Thiago Lopes. Recentemente ela pediu aos internautas que se mantivessem em oração por sua rotina conjugal. "Sempre coloque os nossos nomes nas [suas] orações, para eu ser uma mulher sábia e ter paciência com meu maridinho", pediu ela. "Sábia, submissa... Aos poucos ela está sendo domada", acrescentou Thiago, em tom de brincadeira.

Stefhany Absoluta

Sucesso na internet em 2009, quando ficou conhecida com o clipe "No meu Cross Fox", a piauiense Stefhany Absoluta, que hoje atende por Stefhany Cardoso, 30, trocou o tecnobrega pelo gospel. Disse que "foi um chamado, não uma opção."

"Da Stefhany de antes, não tem nada. Hoje, eu sou uma outra pessoa. Quando eu era Stefhany Absoluta, estava sempre sorrindo na TV, mas, por trás, tinha uma vontade de servir a Deus, mas tinha medo do que as pessoas iam dizer. Tinha medo de as pessoas virarem as costas para mim. Hoje, estou feliz porque experimentei a verdade, estou vivendo a verdade", afirmou ela a Universa.

Hoje, Stefhany ainda canta, mas músicas do segmento gospel. Ela, que se dedica à igreja Assembleia de Deus Igreja Pentecostal do Avisamento Cristão, é mãe de Débora Ester, de 6 anos. A menina é fruto do casamento com o empresário Roberto Cardoso, com quem ela oficializou a união em 2015, e se separou três anos depois.