Pediu ménage? Fantasia sexual até pode ser 'presente', mas não vale tudo
Ménage a trois, sexo anal, troca de casal são algumas das práticas sexuais vistas como tabus ou mesmo como desconfortáveis por algumas mulheres, mas, por pressão do parceiro ou pela vontade de agradar, há quem escolha realizar essas fantasias do outro em um dia especial.
Você já ouviu a história de alguém que aceitou transar com três pessoas, por exemplo, no dia do aniversário do companheiro, como se fosse um "presente" para o outro?
Combinar uma prática na transa diferente da rotina sexual do casal faz parte do jogo. Mas, historicamente, mulheres fazem esse movimento de "realizar os desejos" do outro, especialmente em relações heterossexuais, e isso precisa ser reavaliado.
A empresária Marcela*, casada há nove anos com Tom*, contou para Universa que topa coisas que ele sugere, como ménage feminino, para experimentar novas formas de prazer.
Mas ela prefere não realizar os desejos do casal em datas especiais com medo de acontecer algum "problema" e de isso ficar marcado para os dois de forma negativa.
Prática sexual como 'presente' para o parceiro
Marcela diz que tem os limites bem estabelecidos para o que faz com o parceiro.
Sempre digo que só devemos mergulhar depois de termos certeza que a piscina é funda o suficiente para não batermos a cabeça. Há mulheres que não são abertas o suficiente para fazer certos tipos de coisa. Só que fazer para agradar não é uma boa jogada. Tem que analisar bem o caso.
O casal gosta de ménage masculino e "gang bang", mas ela diz não ser adepta de swing, troca de casal ou dogging (sexo em público). "Me recuso, não curto de jeito nenhum".
Qual é o limite para agradar no sexo?
Conhecer novas fantasias é válido, mas tem um limite: o de respeitar a própria vontade. No sexo, não existe o "tem que". É preciso se perguntar: "é fundamental fazer isso?".
Não há uma cartela de bingo para marcar quais experiências sexuais você já fez. Cada corpo é um corpo e existem fatores sociais que influenciam na forma que você é e nas experiências que têm.
*O nome da entrevistada e do parceiro foram trocados a pedido deles por questão de privacidade
Fonte: Gabi Benvenutti, mestre em educação sexual pela Unesp e escritora, com matéria publicada em 22/03/2022
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