80 anos de Barbra Streisand: 5 vezes que ela defendeu o feminismo
Quando você pensa em Barbra Streisand, o que vem a sua cabeça? Na dessta repórter é a performance de "Don't Rain on My Parade" do filme "Funny Girl''. Até se você for millennial essa música deve fazer parte de seu repertório. Afinal, Lea Michele fez uma apresentação dela na primeira temporada da série "Glee".
No dia em que Barbra completa 80 anos, vamos relembrar a trajetória da artista e dos momentos que ela defendeu os direitos das mulheres. Universa fez uma busca na vida dela e listou alguns dos melhores momentos.
Machismo no Oscar
Em 2017, Barbra se posicionou contra o Oscar e a pouca quantidade de mulheres indicadas ao prêmio de Melhor Diretor. Apesar de já ter dirigido três filmes, que somaram 14 indicações da academia, nenhuma delas foi pela direção. Em uma entrevista ao "Daily Mail" durante o Tribeca Film Festival da época, ela disse que isso ocorria porque Hollywood era sexista. "Eles não querem ver mulheres como diretoras", comentou.
Indústria cinematográfica sexista
Homens são assertivos. Mulheres são difíceis. Tá aí um preconceito que Barbra, que no começo da carreira era chamada de "artista difícil'", não engole. Em um texto que escreveu para o site "Hollywood Reporter'', ela se posicionou sobre a forma como foi tratada desde que começou seus anos em Hollywood. "O que significa 'difícil'? Se o homem diz algo como: 'quero mudar essa tomada', eles fazem o que quiserem. Já as mulheres?", disse defendendo o direito das mulheres de se posicionarem duramente como os homens, sem que recebam críticas.
Em defesa das colegas
Ainda sobre o mesmo texto que escreveu para o site "Hollywood Reporter", Barbra não perdeu a chance de defender outras mulheres, que, assim como ela, também se arriscaram a exercer papéis atrás das câmeras. Dessa vez, o apoio foi para Angelina Jolie. "Vaidade é outra palavra que eles usam para mulheres. Eu vi uma crítica de 'À Beira Mar' [filme dirigido por Jolie]. Não vi o filme, mas chamaram de uma 'produção vaidosa' dela, porque ela está fazendo os trabalhos que eu fiz. Mas se um homem faz, dizem 'que brilhante, que multifacetado, que multitalentoso", completou.
Seu papel em "O Espelho Tem Duas Faces"
Mesmo em um filme de 1996, tempos onde os direitos das mulheres eram ainda menores do que são hoje, Barbra deu a vida a uma mulher que vai atrás do que quer: tanto no sentido de tomar a iniciativa na paquera quanto nas rédeas de seu casamento. Após responder a um anúncio de namoro e sair com um professor de sua universidade algumas vezes, ele decide pedi-la em casamento, contanto que sigam suas regras e vivam sem sexo. Mas sua personagem não deixa barato e decide mudar o jogo e conquistar o marido.
Pouco avanço do feminismo em Hollywood
Se hoje em dia a gente diz que o mercado cinematográfico tem muito o que evoluir para a igualdade de gênero, em 2016 Barbra já estava levantando essa bandeira. Em uma entrevista à "CNN", ela se dizia desapontada por, mesmo passado tantos anos, o cinema não ter tantas mulheres quanto homens no cargo de diretoras. "Fico surpresa que não chegamos mais longe. Temos de 4% a 9% de mulheres dirigindo filmes e isso é triste. Existe um arquétipo das mulheres, principalmente daqueles que querem estar no controle de seus trabalho, de que elas são suspeitas. Isso acontece desde o começo dos tempos", contou a artista.
Sororidade
Apesar de vivermos em um mundo que, frequentemente, coloca uma mulher contra a outra, isso precisa mudar. Nós ganhamos mais forças juntas, exercendo a sororidade. É isso que Barbra acredita também. Em uma participação no programa "Mulheres no Entretenimento" do "Hollywood Reporter" ela reforçou como é importante trabalharmos juntas. "Temos que unir forças (...) Nós fazemos as coisas de coração, e nosso instinto de amor e compaixão é algo que este mundo caótico precisa mais do que nunca", disse.
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