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15 milhões de mulheres brasileiras não têm acesso a saneamento básico

Por volta de 14,6% da população feminina não tem acesso a água tratada - Reprodução
Por volta de 14,6% da população feminina não tem acesso a água tratada Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

04/05/2022 19h27

Um estudo da EX Ante Consultoria Econômica e do Instituto Trata Brasil, divulgado hoje, afirma que por volta de 15,8 milhões de mulheres no Brasil não têm acesso a água tratada em suas residências. A análise foi feita em parceria com a BRK Ambiental, com apoio da Rede Brasil do Pacto Global.

Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continuada do IBGE (PNADC) desse ano, o levantamento revelou que o déficit foi maior na região Norte, onde 40,7% da população feminina não tem acesso a saneamento básico. Em seguida, está a região Nordeste, cujo número é equivalente a 19,8% das mulheres do território.

Nas áreas rurais, os números são intensamente mais graves que em locais considerados urbanos. De acordo com os dados de 2019, arquivados na pesquisa, apenas cerca de 34% das mulheres moravam em residências ligadas à rede geral de distribuição de água.

Pesquisa foca na mulher brasileira por questões de saúde

Intitulada "O Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira", a pesquisa explorou a falta de saneamento em relação a vidas femininas devido a suas implicações imediatas sobre a saúde e a qualidade de vida das mulheres.

A falta de saneamento básico e de água tratada impacta a saúde, principalmente das mulheres mais novas e mais velhas. Sem esses recursos, aumenta a incidência de doenças de veiculação hídrica e de doenças respiratórias.

Além disso, a pesquisa conseguiu traçar uma relação entre a falta de água tratada com a presença de doenças ginecológicas. A carência também é a causa, em parte, das infecções gastrointestinais, das doenças transmitidas por mosquitos e animais e das pneumonias e gripes.