Rafa Kalimann comenta body shaming: 'Era só uma foto de um momento feliz'
Mais uma vez a influencer Rafa Kalimann, que participou do "BBB 20", usou as redes sociais para se manifestar contra comentários que está recebendo sobre seu corpo nas redes sociais. Em uma viagem com a família a Londres, a também apresentadora publicou, no sábado (7), uma imagem no estádio de futebol do Chelsea e recebeu mais de 4 mil comentários sobre sua aparência. Entre os comentários, frases como "ela deve tá com alguma doença", ''assustadora", "se trata porque está esquisita", entre outros.
No dia seguinte, Rafa compartilhou um vídeo mostrando as mensagens e afirmou: "Era só uma foto de mais um momento feliz. Porque eu estava feliz. É só meu corpo, só meu", escreveu. Kalimann é mais um exemplo de famosa a vítima de "body shaming", termo em inglês para o ato de ridicularizar, zombar ou criticar a aparência física de outra pessoa.
Assim como Rafa, outras famosas e mulheres anônimas sofrem diariamente com o peso que é dado às suas imagens. "Esses comentários podem afetar o psicológico de uma maneira muito forte. Como a maioria são maldosos, pode afetar diretamente a autoestima de quem recebe. Assim, a pessoa começa a acreditar que o problema é real", diz Adriana Severine, especialista em psicologia cognitiva comportamental.
Kalimann, Marquezine e outras famosas que sofrem body shaming
Essa não é a primeira vez que, recentemente, Rafa precisou falar sobre isso. No final de abril, ela já tinha comentado em seu Twitter sobre a quantidade de pessoas falando sobre seu corpo após ter perdido peso. "Não imaginava que mudar meu corpo geraria tantos comentários pesados, estou cada dia mais preocupada (e assustada) com o lugar que nossa sociedade está em relação a isso", publicou durante o feriado de Carnaval.
Em setembro de 2018, a atriz Bruna Marquezine usou o stories do seu Instagram para fazer o mesmo tipo de desabafo: o peso que os comentários em suas fotos tinham em sua vida e que a levaram a ter distúrbio de imagem. Na ocasião, ela estava na França, para o Festival de Cannes, mas parou seus compromissos para pedir que os ataques ao seu corpo parassem.
"As pessoas não comentavam que eu era magra demais, mas diziam que eu estava 'um pouco gordinha', 'bochechuda' e com o 'quadril largo'". Bruna afirmou que, na época, passou a acreditar na opinião alheia e a detestar meu corpo. Passou a acreditar que tinha que emagrecer de qualquer jeito e contou em um vídeo postado em suas redes sociais que tomou laxante todos os dias por mais de três meses.
Esse problema, atrelado a outros segundo ela, a levou a depressão. Foi quando os problemas de saúde começaram a aparecer e Bruna se sentir assustada com suas atitudes, que ela decidiu procurar ajuda.
Bruna completou seu desabafo dizendo: "Nossas palavras podem abençoar ou amaldiçoar a vida das pessoas. Então sejam responsáveis na hora de falar".
A psicóloga Adriana Severine chama a atenção para o fato de que esse tipo de comentário geralmente vem de pessoas com problemas com a própria autoestima. "É mais fácil atacar alguém de forma anônima, uma pessoa que você não conhece, achando que aquilo não vai ter efeito nenhum, porque sequer será lido"
A especialista afirma que antes de falar da figura pública, as pessoas deveriam olhar para si. "E se questionar o motivo de não estar bem com sua própria imagem", completa Adriana.
Ditadura do padrão estético
Para a Gabriela Malzyner, psicóloga e psicanalista da clínica Meniá Centro de Prevenção, em São Paulo, esse tipo de ataque abre traz a oportunidade de falarmos como mulheres que ainda estão presas dentro de um padrão estético impossível de se cumprir. "A imagem do corpo feminino é posta como um objeto a ser desejado. A mulher não pode oscilar de peso, precisa sempre seguir um padrão rígido de beleza, magreza e juventude", diz a especialista.
Para ela, essa pressão estética ainda afeta mulheres de todas as idades. "As maduras não podem envelhecer e precisam se submeter a diversos tratamentos com botox e preenchimento e as mais novas precisam sempre emagrecer para ter o corpo ideal", completa.
A psicanalista afirma ainda que até mesmo os profissionais da saúde precisam tomar cuidado sobre a maneira que se referem aos diferentes tipos de corpos. "Precisamos parar de falar sobre os corpos supondo que eles são idênticos e analisá-los a partir da positividade. Desde os profissionais de saúde, que estão sempre olhando o emagrecimento e visando que o saudável está relacionado à magreza, até as mídias", diz Gabriela.
"E Aí, Beleza?"
Na participação no programa de Universa, apresentado por Fabi Gomes, Rafa Kalimann comentou sobre o quanto se sentia cobrada, desde a adolescência, para ter um corpo próximo ao "padrão estético" imposto a mulheres. Assista:
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.