Como Mariana e Preta, Janja vai usar vestido de noiva de Helô Rocha
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Rosângela da Silva vai se casar com Luís Inácio. O ano é de eleições, mas independentemente do resultado, para Lula e Janja, 2022 vai marcar mesmo a união dos dois. Socióloga, formada pela Universidade Federal do Paraná, ela escolheu a estilista Helô Rocha para criar o seu vestido de noiva. A repórter Rute Pina conversou com a designer e apurou que será "um vestido longo em organza (tecido feito de seda), na cor off-white e coberto de bordados feitos por moradoras de Timbaúba dos Batistas, uma cidade da região do Seridó, sertão do Rio Grande do Norte." Se você ficou curiosa para ver, terá que esperar pelo dia da festa, no dia 18 de maio.
O vestido de casamento, branco, consagrado pela história na cerimônia que uniu Josephine e Napoleão, é a promessa de um futuro bom. A ideia era que ele fosse usado só uma vez, e que representasse a peça mais cara do guarda-roupa. (Helô não contou a Rute quanto Janja investiu no seu vestido.) A estilista também vestiu Preta Gil, em 2015, Ísis Valverde, em 2018, e Mariana Goldfarb (na foto que ilustra essa newsletter), em 2019. Ontem mesmo (dia 12/05), Preta celebrou 7 anos de união com um post no instagram; Ísis anunciou a separação em fevereiro deste ano. Mariana e Cauã Reymond continuam firmes.
Juliana Borges, colunista de Universa, ainda não sabia sobre o seu vestido de casamento, mas quer calçar tênis. Pra ela, noiva nenhuma deveria se prender a padrões na hora de escolher a roupa de seu grande dia. Afinal, esse vestido vai contar uma história que precisa fazer sentido para quem está dentro dela.
A coluna da Ju é uma ode ao casamento. Feminista, ela já chegou a negar a instituição do matrimônio. Apaixonada, fez o pedido e decidiu ressignificar a festa. Ao longo de seus posts, a gente entende que essa decisão, a de reunir amigos e familiares numa celebração em que casais dizem sim é, de alguma forma, um ensaio para a vida toda que vem depois: uma jornada em que já é possível medir o envolvimento de cada um nesse projeto, compartilhar gostos comuns , dar-se conta de que há muitas diferenças que precisarão ser vencidas.
De 2020 para 2021, aumentou o número de casamentos no Brasil — 21% de um ano para o outro, e 31% entre casais homoafetivos. Os divórcios também cresceram: um aumento de 4% se considerarmos o mesmo período. Os casamentos têm durado menos - existe uma tendência progressiva de queda na duração dos relacionamentos no país. Basicamente, não se entende mais que casamento precise durar para sempre e ter filhos não é impeditivo para um divórcio. E ainda existe uma certa facilitação jurídica (se comparada a tempos muito antigos).
A escolha do vestido, cara leitora, fará pouquíssima diferença para as estatísticas. Entre casamento, felizes para sempre, infelizes para sempre, ou divórcio, existe um rol gigantesco de nuances de graças, (des)comprometimentos, dúvidas, traições, decepções. (Pra isso existe a coluna Se Conselho Fosse Bom, da Karin Hueck, rs). O importante, aqui e agora, é celebrar promessas de amor e de vida. Que podem dar certo pelo tempo que durarem.
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