'Meu ex me bloqueou nas redes sociais 7 dias antes de eu viajar pra vê-lo'
"Eu e meu ex-namorado nos conhecemos no início de 2021 e logo já grudamos um no outro. Mas tínhamos um relacionamento conturbado porque os pais dele não aprovaram o relacionamento. Então, nos víamos escondidos. Somos de Juiz de Fora, Minas Gerais. Eu tinha 18 anos e ele, 20 anos.
Eles achavam que nós não éramos uma boa influência um para o outro e que ele era imaturo — eles não estavam de todo errados, depois dessa situação que vivi, eu vi isso.
Em novembro de 2021, ele chegou a morar comigo por duas semanas após uma briga que ele teve com os pais. Quando ele se reconciliou com eles, os pais dele fizeram uma proposta para ele morar na Argentina para cursar Medicina. A condição: ele terminar comigo. Só que ele foi e decidimos que continuaríamos juntos.
Em quatro semanas, ele foi para a Argentina, em dezembro do ano passado, e a gente continuou nosso relacionamento à distância. A gente conversava todos os dias e ele falou que eu poderia visitá-lo em janeiro deste ano. Comprei a passagem para o dia 14 de janeiro.
No dia 6 de janeiro deste ano, tivemos uma briga, mas logo nos acertamos. No dia seguinte ele me mandou três mensagens, dizendo: "Oi, amor. Estou precisando falar com você. Quando puder, me manda mensagem". Na hora que fui responder, a mensagem não foi entregue. Ele me bloqueou de tudo e mudou o número de telefone.
Fiquei desesperada. Minha passagem estava marcada para dali uma semana.
Não sabia mais o que fazer e recorri aos amigos dele. Cada um dava uma justificativa diferente: ele teria sido assaltado, estava sem internet. Eu estava muito mal e preocupada — eu era muito apaixonado por ele — e fui falar com os pais dele. Se um término já é difícil, imagina sem uma conversa, né?
Chegando lá, o pai dele me disse: 'Olha, Maria Eduarda, ele é um homem de 20 anos e toma as próprias decisões. Se ele fez isso, foi por livre e espontânea vontade'.
Depois de um tempo, um amigo em comum nosso disse que ouviu ele contar, rindo: 'Graças a Deus que ela não veio mesmo porque eu já não aguentava mais ela me cobrando".
Entendi que, na verdade, para ele era conveniente namorar comigo, mesmo que escondido, enquanto ele estava aqui, presencialmente. Agora que ele estava à distância, não tinha o porquê ele continuar com o relacionamento.
Depois que terminei com ele, fiquei numa fase muito ruim. Fiquei apagada. No final das contas, o que eu tirei disso é que eu não poderia nunca mais deixar que um relacionamento fosse a fonte de felicidade da minha vida. Eu não era mais a personagem principal da minha própria vida.
Hoje estou em um outro relacionamento, com um amigo dele. Conheci os dois juntos e este amigo se apaixonou por mim no mesmo período. Mas, enquanto eu ainda namorava, eu não percebia isso.
Com ele, eu não sinto aquela adrenalina, é tudo muito calmo. Dei essa sorte de estar perdida numa maré de dor e sofrimento e eu encontrar alguém que canalizou isso numa coisa boa. Ele me motiva muito a cuidar de mim e respeita muito meu espaço e minhas dores.
Hoje, eles não se falam mais. E eu aprendi que temos que ser o primeiro lugar na nossa vida, a nossa primeira fonte de felicidade." * Maria Eduarda Amaral, estudante de Direito, tem 19 anos e é de Juiz de Fora
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