Vitamina C para o rosto: para que serve e qual a melhor forma de usar?
Não é de hoje que a vitamina C tópica aplicada no rosto tem lugar garantido na rotina de skincare das pessoas que já descobriram os resultados benéficos que ela pode proporcionar. Um estudo de 2020 publicado na "Nature" indica que a vitamina C beneficia a fisiologia da pele humana,
Esse benefício ocorre principalmente por estimular a biossíntese de colágeno, a inibição do escurecimento cutâneo, a prevenção de danos induzidos por radiação e a aceleração da cicatrização de ferida. Além disso, por ser um agente que atua como antioxidante na pele, diminui o estresse oxidativo gerado por hábitos não saudáveis de vida, como tabagismo e alimentação desequilibrada, e estresse.
Tipos de produtos com vitamina C para o rosto
Existem diversos cosméticos que utilizam a vitamina C em sua composição, a diferença entre eles está na associação ou não com outros ingredientes e na porcentagem que cada um tem da vitamina.
No geral, ela varia de 5% a 20%, o máximo que a pele consegue absorver. Sérum, creme, protetor solar e sray são os tipos mais comuns de produtos, que contêm a fórmula lipossolúvel da vitamina C, apesar de haver opções com ácido l-ascórbico, ou derivados, como o ascorbyl palmitate.
Benefícios da vitamina C para o rosto
A vitamina C é querida entre os dermatologistas e a lista de motivos está diretamente ligada com o rejuvenescimento e a manutenção da saúde da pele:
Previne o envelhecimento precoce
Conforme aumenta a oxidação das células e diminui a produção de colágeno, começam a aparecer as rugas, as linhas de expressão e os sinais de que a idade está avançando. Outros fatores, como exposição aos raios solares, consumo de álcool, cigarro e alimentos não saudáveis também influenciam no envelhecimento cutâneo. A vitamina C, nesse caso, atua como oxidante, contribuindo para recuperar o viço e a textura da pele.
Ajuda na uniformizar o tom da pele
Ela melhora a aparência das manchas, mesmo que não atue como um clareador de fato, e é um importante aliado quando se fala em rotina de cuidados com a pele para pacientes com melasma, por exemplo.
Combate os radicais livres
Essas estruturas provocam danos nas partes mais nobres das células, o que também favorece o envelhecimento. Assim, para neutralizar essa ação, a vitamina C aparece como poderoso antioxidante, combatendo os radicais livres diariamente.
Age contra o câncer de pele
Quando combinada ao protetor solar, a vitamina C ajuda a conter a ação ultravioleta, que induz o aparecimento do câncer de pele. Um estudo de 2017 publicado na "National Library of Medicine", mostra ainda que, junto com o ácido ferúlico e a vitamina E, ela consegue amenizar a vermelhidão proteger dos danos a longo prazo causados
Existe um jeito certo de usar a vitamina C?
Segundo as profissionais consultadas por Universa, a orientação é usar a vitamina C de uma a duas vezes ao dia, mas, principalmente, pela manhã, sempre antes do filtro solar e após higienizar e hidratar a pele.
Pessoas de todas as idades podem fazer o uso da vitamina C, no entanto, ela se torna essencial nas peles mais envelhecidas, que ficam finas, secas, ásperas e com maior quantidade de manchas senis com o passar do tempo. Os efeitos do uso são vistos já no início do tratamento, que mostram uma superfície cutânea mais clara, viçosa e com brilho.
Contraindicações e cuidados
Disponível como creme, espuma ou sérum, a última opção é ideal para peles oleosas, pois a vitamina C pode aumentar o aparecimento de cravos e espinhas. Já o creme é ideal para as peles mais maduras. Pacientes com rosácea e pele sensível podem ter irritação local após aplicação do produto.
As receitas caseiras devem ser evitadas, pois o ácido ascórbico, em sua condição natural, e não manipulada em cosméticos, pode agredir a pele, além de não ser eficaz. O uso domiciliar da vitamina C, por outro lado, é amplamente indicado por meio do consumo de alimentos como brócolis, pimentão amarelo, mamão, couve, acerola, laranja e outros.
Existem muitos produtos industrializados disponíveis no mercado, mas as opções manipuladas em farmácias especializadas também oferecem resultados positivos. Em ambos os casos, porém, é indispensável procurar a orientação de um especialista, que vai avaliar o tipo de pele do paciente e indicar o tratamento que ele necessita.
Fontes
Aline Falci, dermatologista do ICNE (Instituto de Ciências Neurológicas) e da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), com graduação pela UFF (Universidade Federal Fluminense); Gislaine Sales Gomes Lara, dermatologista com graduação pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com pós graduação master em Ciências da Longevidade Humana e em Oncodermatologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein; Patrícia Mafra, dermatologista com graduação pela FCM-MG (Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais).
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