Como isolamento mudou relação com redes sociais? Influenciadoras comentam
Mais da metade da geração Z - aquela com o poder de compra mais consistente e em ascensão - já fez uma compra baseada em recomendações de influencers. Foi o que apontou, tempos atrás, uma pesquisa do Grupo Kantar sobre o poder da influência. O ano era 2019 e, logo depois, uma pandemia chegou para chacoalhar o terreno até então aparentemente estável do poder dos produtores de conteúdo digital.
Na sexta edição do Universa Talks, o painel mediado por Bárbara dos Anjos Lima, editora de Universa, foi focado nessa transformação e ampliou o debate para outras temáticas. Em "Qual o papel das influenciadoras ao falar da aceitação, beleza e maternidade", a ex-BBB e influenciadora Rafa Kalimann, a influenciadora trans Bielo Pereira, e Marcella Ceribelli, CEO da Obvious Agency, refletiram sobre como tantas mudanças afetaram não apenas seus respectivos trabalhos, mas o universo feminino como um todo.
Responsabilidade na terra de ninguém
Um dos pontos de consenso: não há mais espaço - sério - para estímulos sem responsabilidade. Ao lembrar do começo, Rafa Kalimann, a "veterana" do palco, contou como tanto influenciadores quanto marcas não entendiam o potencial que este meio teria. "Acredito que tenhamos vindo neste lugar de transformação, não só em função da pandemia, mas desde que tecnologia e redes sociais invadiram nossa vida. O que, claro, foi potencializado pela pandemia", afirmou.
Apresentadora e podcaster, Bielo Pereira se tornou uma personalidade digital já partindo de um espaço onde responsabilidade sempre teve o mesmo peso da influência, no início de 2018. "Eu já sabia que essa era uma profissão desde o primeiro dia. Me questionando sobre como me posicionaria como marca", conta.
Tanto Bielo quanto suas companheiras de palco concordaram que a grande mudança a partir da pandemia, foi sair do conteúdo aspiracional que tinha muita atratividade antes para um contexto mais positivo, onde todos os corpos e realidades passaram a ter lugar.
Marcela completou: "no pré pandemia, bastava a gente ser para existir. Hoje, precisamos agir para existir, então começou uma corrida por relevância". Para ela, mesmo profissões que não tinham, em tese, nada a ver com o digital, precisaram investir neste espaço.
"Por outro lado, passamos a ter uma cobrança muito grande, onde precisamos ter muito cuidado com nossa fala neste pós isolamento, para recuperar um pouco dessa empatia que se perdeu quando todos se tornaram avatares", finalizou.
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