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Três juízes da Suprema Corte se opuseram à revogação do direito ao aborto

Sonia Sotomayor é uma das juízas da Suprema Corte que foi contra decisão desta sexta-feira (24) - Justin Sullivan/Getty Images/AFP
Sonia Sotomayor é uma das juízas da Suprema Corte que foi contra decisão desta sexta-feira (24) Imagem: Justin Sullivan/Getty Images/AFP

Luiza Souto

De Universa

24/06/2022 13h23

Após a Suprema Corte dos EUA revogar o direito ao aborto, autorizado desde 1973 no país, três juízes liberais do tribunal, que votaram contra, assinaram texto discordando da decisão. Com a decisão da corte, os estados poderão vetar a interrupção da gravidez após 15 semanas de gestação, abrindo raras exceções. A proibição vale também para casos de estupro.

Na carta, compartilhada nas redes, Sonia Sotomayor, Elena Kagan e Stephen Breyer afirmam: "Qualquer que seja o escopo exato das próximas leis, um resultado da decisão de hoje é certo: a redução dos direitos das mulheres, de seu status livre como cidadãs livres e iguais."

Eles começam o texto escrevendo que sentem tristeza pela decisão, "mas não mais que milhões de mulheres americanas que perderam uma proteção constitucional fundamental."

Os três magistrados afirmam ainda que com a decisão, o Estado "pode sempre forçar uma mulher a dar à luz, proibindo até mesmo os abortos provocados anteriormente à decisão. E que por isso, eles concluem, o estado pode, assim, transformar o que, quando livremente consentido, é uma maravilha, no que, quando forçado, pode ser um pesadelo."