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Políticas, atrizes e ativistas falam de decisão sobre aborto: 'Obscuro'

Ativistas pró-aborto em frente a Suprema Corte Washington em vigília no dia 23 de junho - Nathan Howard/Getty Images
Ativistas pró-aborto em frente a Suprema Corte Washington em vigília no dia 23 de junho Imagem: Nathan Howard/Getty Images

Luiza Souto

De Universa

24/06/2022 12h36

Artistas, políticas e influenciadoras americanas foram às redes criticar a Suprema Corte dos EUA por revogar o direito ao aborto, autorizado naquele país desde 1973.

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi escreveu "A Suprema Corte, controlada pelos Republicanos, alcançou o objetivo obscuro e extremo do Partido Republicano de tirar o direito das mulheres de tomar suas próprias decisões sobre saúde reprodutiva."

Nancy falou ainda que por causa do ex-presidente americano Donald Trump e também Mitch McConnell, "o Partido Republicano e sua supermaioria na Suprema Corte, as mulheres americanas hoje têm menos liberdade do que suas mães. Os republicanos radicais estão agora avançando em sua cruzada para criminalizar a liberdade de saúde."

Na avaliação dela, as decisões fundamentais de saúde de uma mulher cabem a elas, em conjunto com seu médico e seus entes queridos. Ela escreve: "[As decisões] Não devem ser ditadas por políticos de extrema-direita. Enquanto os republicanos procuram punir e controlar as mulheres, os democratas continuarão lutando ferozmente para consagrar Roe v. Wade [caso judicial pelo qual a Suprema Corte dos Estados Unidos reconheceu o direito ao aborto ou interrupção voluntária da gravidez] em lei."

E finaliza seu texto dizendo ser uma "decisão cruel e ultrajante e de cortar o coração. Mas não se engane: os direitos das mulheres e de todos os americanos estão em votação em novembro."

A atriz, diretora e produtora Elizabeth Banks resumiu a decisão escrevendo: "Todo mundo tem uma arma, mas ninguém tem autonomia corporal. America". Nos EUA, a segunda emenda da Constituição garante o direito de possuir e portar armas desde 1788.

Como a colega de profissão, a atriz Patricia Arquette também lembrou que os americanos preferem liberar uso de armas no lugar de dar mais direito às mulheres. "O Supremo Tribunal é um desastre absoluto ao dar às pessoas o direito de portar armas para tirar os direitos das mulheres de autonomia sobre seus próprios corpos. "Não estávamos sendo reativos, vimos isso chegando.""