Sabe onde fica o clitóris? Universa foi às ruas perguntar; veja as reações
Com uma vagina ilustrada em mãos e um microfone em punho, Universa saiu às ruas de São Paulo para testar o conhecimento de homens e mulheres sobre o órgão responsável pelo prazer feminino. "Aponta pra gente onde fica o clitóris?", pedimos a quem passava. E o que notamos? Primeiro, que muita gente se negou a participar. Vergonha? Dúvida? Medo de errar? Ou talvez porque as pessoas não queiram mesmo tocar no assunto.
Falar sobre o prazer da mulher e as maneiras possíveis de alcançá-lo ainda causam desconforto. "Só recentemente a estrutura do clitóris passou a ser mais pública, principalmente a estrutura interna dele", diz Ana Canosa, sexóloga, terapeuta e colunista de Universa. "Na medida em que as mulheres tomam para si a voz e dizem 'deixa eu entender e mostrar como funciona a minha genitália', mudou a maneira como a gente trata e demonstra nosso prazer", completa.
Anatomia do clitóris
Pequeno a olho nu, a parte visível do clitóris (a glande) localiza-se na região superior da vulva, acima da uretra e entre os lábios vaginais. A parte externa mede cerca de meio centímetro, mas na verdade sua estrutura tem, em média, 8 centímetros, podendo variar de pessoa para pessoa. Com 8 mil terminações nervosas, o órgão proporciona à mulher orgasmos quando devidamente estimulado. Nem todo mundo sabe, mas a única função do clitóris é dar prazer.
Todos esses conhecimentos, porém, são recentes. O primeiro estudo que se dedicou a analisar a anatomia do clitóris foi produzido no começo do século 21, no ano de 2005, pelos pesquisadores O'Connel, Sanjeevan e Hutson. Até a metade do século 20, os livros de anatomia nem sequer traziam a representação física do órgão nos desenhos das regiões íntimas femininas.
De quem é a culpa por tanta negligência? Se, de um lado, temos um meio acadêmico e científico predominantemente masculino (são recentes as conquistas das mulheres neste campo), por outro vemos uma sociedade tradicional que pouco se dedica a entender o prazer —muito menos o feminino— e que fica refém e toma como exemplo a pornografia. "O sexo hoje é muito aprendido pela indústria pornográfica, que tem um olhar muito falocêntrico, voltado para o homem, e para o tempo dele. Mas a fisiologia da mulher, do prazer, é completamente diferente", explica a ginecologista Debora Rosa.
Dê o play para conferir as respostas e veja o que a sexóloga Ana Canosa e a ginecologista Debora Rosa têm mais a dizer sobre o tema.
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