Suspeito de matar mulher e filho de 3 meses em SC é preso no interior de SP
Um homem suspeito de matar a mulher e o filho de 3 meses em Blumenau (SC) foi preso ontem em Paulínia, no interior de São Paulo, pela Polícia Militar do estado. Kelber Henrique Pereira, 28, era procurado desde segunda (25), quando a polícia encontrou os corpos de Jéssica Mayara Ballock e Théo Pereira, com marcas de golpes no pescoço.
No momento da prisão, ele estava em um carro, circulando por uma estrada municipal no bairro Saltinho, próximo à Refinaria de Paulínia (Replan). Segundo o sargento Rodrigo Domingos Chagas, foi uma denúncia anônima que levou os agentes até o investigado.
Kelber disse aos policiais que após o crime pegou o filho de um ano e dez meses e o levou para Minas Gerais, para a casa dos avós paternos.
Depois, foi até o município de Bragança Paulista, na divisa de São Paulo com Minas. Lá, ele trocou de carro, e viajou em direção a Paulínia, onde pretendia buscar uma clínica de reabilitação, segundo sua versão.
O homem, que já estava com a prisão preventiva decretada em Santa Catarina, foi levado para a Cidade Judiciária, em Campinas, onde passa por audiência de custódia na manhã de hoje. Ele deve ser transferido para Blumenau nas próximas horas.
Segundo a Polícia Civil, ainda não há advogado constituído no caso.
Suspeito alegou não se lembrar de crime
Kelber alegou em depoimento aos policiais paulistas que não se lembra de ter cometido os assassinatos. Ele afirma também que estava sob efeito de entorpecentes no final de semana, quando o crime aconteceu.
"Ele disse que só se recorda que ingeriu drogas e álcool e não se recorda qual objeto ele utilizou para fazer o crime. Ele disse somente que amava muito a esposa e a criança", relatou o sargento Chagas, a Universa.
As polícias civis de Paulínia e Blumenau vão investigar se alguém ajudou o suspeito durante a fuga, inclusive na troca dos carros em Bragança Paulista, além de continuar apurando a motivação do crime.
O investigado teve a prisão temporária decretada após pedido da DIC (Divisão de Investigação Criminal de Blumenau), responsável pelo caso.
Policiais encontraram corpos após ligação anônima
Policiais de Santa Catarina foram até o apartamento em que Jéssica vivia com o marido e os dois filhos após receberem uma ligação, por volta das 10h de segunda-feira, avisando que uma mulher estaria morta no local.
Segundo o delegado Ronnie Esteves, responsável pela investigação, não foi feita referência ao bebê de três meses. Ao chegarem ao local, os agentes tiveram que arrombar a porta para ter acesso ao imóvel, já que ninguém respondeu.
"Havia bastante sangue no local. A casa estava toda fechada. E a mãe e o filho estavam num quarto, também trancado. A mulher estava no chão, na entrada do quarto, e foi encontrada primeiro. Só depois que foi localizado o bebê em cima da cama do casal", conta o delegado.
Uma faca com sangue foi encontrada no imóvel e recolhida para perícia. A polícia aguarda ainda o laudo de necropsia dos corpos sob responsabilidade do IML (Instituto Médico Legal).
Devido aos indícios no local, Esteves acredita que mãe e filho foram mortos entre a noite de sábado (23) e a madrugada de domingo (24). No sábado, Jéssica foi acompanhada de toda a família até a casa do pai e só saiu à noite. Segundo o delegado, que recolheu depoimento de testemunhas, o suspeito não esboçou comportamento anormal.
A autoridade não descartou a possibilidade de que a ligação avisando que uma mulher estava morta no apartamento tenha partido do próprio suspeito.
O casal estava junto havia quatro anos, segundo relato do pai de Jéssica à polícia.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.
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