Esta é a versão online da edição de (5/8) da newsletter de Universa, que fala do novo episódio do podcast Sexoterapia, que discute sobre sexo e compromisso. Inscreva-se gratuitamente para receber a newsletter toda semana. Assinantes UOL podem ter dez newsletters exclusivas toda semana.
Tem episódio novo de Sexoterapia - modéstia à parte, um dos melhores da podosfera nacional. No episódio 78 (!), a apresentadora, colunista e sexóloga que toda semana nos faz recuperar nossos melhores instintos, Ana Canosa, fala sobre o assunto que, no seu consultório, é mais trivial que arroz e feijão: afinal, sexo e compromisso podem coexistir? Em bom português: existe vida sexual gostosa depois do casamento?
(Você pode ouvir todo o episódio, porque vale a pena. Mas deixo aqui um resumo pras apressadinhas).
Lá vem a pergunta da ouvinte, a Heloísa, de 37 anos. O caso é mais ou menos esse: casada há oito anos, tem duas filhas. Ela e o marido têm tido pouca intimidade. Toda conversa é pautada pela vida das meninas. "A carga mental é real", ela diz. Já me peguei pensando na lista de compras na hora do sexo". A Heloísa sente falta de ser seduzida.
Ana Canosa tem uma teoria. "O desejo nasce na falta, e a presença constante e maciça do outro na nossa vida pode nos preencher com intimidade emocional, mas não erótica." Pra explicar melhor: existe um tripé das atrações, que podem ter a ver com sexo, com intimidade e com compromisso. Nem sempre dá pra equilibrar as três e, em cada fase de um relacionamento, uma delas vai estar mais forte.
Filhos, é verdade, ocupam muito as nossas vidas. E aí que, depois que eles nascem, não há pai ou mãe que não viva o luto da vida que viviam antes. E mais, de quem eram antes. (Gente que não vivia cheia de responsabilidade e que podia transar no balcão da cozinha porque não tinha ninguém por perto.) Onde tá o cara por quem eu me apaixonei?
Três ideias pra fazer o tesão voltar:
1) Encosta! Sexo, atração e desejo não precisam ter relação direta com estimulação genital. Às vezes, é preciso restabelecer o contato físico - ingrediente fundamental de quem se percebe amado: uma cabeça deitada no ombro, um carinho na pele do outro, um beijão daqueles. É um jeito de se reconectar, sabe?
2) Sexo com hora marcada: sim, querida leitora, se a sua vida tá toda atribulada por trabalho e criança e papagaio, não dá pra se dar ao luxo de esperar o momento acontecer. Colocar na agenda é como um exercício mental de se disponibilizar pra transar - nos relacionamentos mais longos, o desejo espontâneo é um mito.
3) Traz a conversa pra cama. É difícil pra caramba, mas pode valer a pena abrir o jogo. Certeza que não é só a Heloísa que tá angustiada. O marido também deve estar. É o caso de perguntar pra ele, com jeitinho: "Reparou que a gente só fala das crianças?" Vale permitir que ele se coloque. Às vezes esse aliviozinho de saber como o outro se sente, em vez de tratar a seca como tabu, pode ajudar a recuperar o clima de cumplicidade.
Aí, já pelas tantas, a Bárbara dos Anjos, editora de Universa e apresentadora do podcast, trouxe a pergunta da Gabriela, de 46 anos. Ela está casada há 4 anos. E AMA transar. Tipo várias vezes na semana. Mas, depois daquela paixonite do começo, a parceira dela já não é mais tão a fim. E então ela foi buscar numa ex namorada a quantidade. É só sexo, ela diz. "E depois sou uma esposa melhor. Mas essa vida dupla cansa", confessou a Gabriela.
Frequência pode ter a ver com satisfação sexual. Mas é ingenuidade acreditar que é possível ter ritmo sexual igual ao da outra pessoa. Ana Canosa conta que, quando um casal vai procurá-la no consultório, o simples fato de voltarem a focar na questão do sexo faz com que retomem o compasso. Mas, quando deixam de prestar atenção, o ritmo tende a voltar ao normal. A vida é feita de ciclos - tem aquele de muito trabalho, outro do doutorado, outro do sabático. E é preciso lidar com esses soluços, encontrar maneiras e não transformar essas questões em fantasmas perambulando pela casa.
Aqui, a ouvinte decidiu resolver a questão fora do casamento. Mas agora sente culpa. A frustração é parte integrante de qualquer relacionamento e é preciso fazer escolhas. A não-monogamia pode até ser colocada à mesa. Mas, até para o poliamor, é preciso saber amar muito bem.
Curtiu? Essa temporada de Sexoterapia, focada nos dilemas do consultório da sexóloga, tá só começando. Tem episódio novo toda quinta-feira, às 19 horas.
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