'Ele foi o primeiro cara com quem gozei depois de meses e estou obcecada'
Quem nunca insistiu em um contatinho com zero chance de virar um relacionamento sério? Sabemos que não vai dar em nada, mas mesmo assim continuamos encontrando a pessoa, porque o sexo é simplesmente maravilhoso. No começo é tudo uma delícia, até começar a fazer mal.
A Mariana, 32, de São Paulo, já está passando por isso há quatro anos. Em entrevista ao podcast Sexoterapia (veja o episódio na íntrega acima), ela contou que não consegue se livrar de um cara sem futuro com quem teve (e continua tendo) o melhor sexo após terminar um relacionamento longo.
"Ele foi o primeiro cara com quem eu gozei depois de meses de sexo mais ou menos com estranhos. Foi muito intenso, e fiquei meio obcecada em transar com ele. Sabe o tal amor de pica? Nesses últimos anos, seguimos ficando esporadicamente quando ele resolve aparecer. Quando ele some, eu até fico com outros caras, mas não é a mesma coisa. Por isso, sempre volto a mandar mensagem. A gente se encontra, transa, dá boas risadas e é tudo ótimo. Mas no dia seguinte, quando percebo que ele vai desaparecer, já lembro que também nem sei se quero que ele fique. Não temos muito em comum além do sexo". (veja o relato completo no vídeo a partir do minuto 33:35)
Segundo Ana Canosa, Mariana pode estar viciada na química sexual que rolou com esse parceiro, mas também pode ter um pouco de carência misturada nessa alquimia. Ou seja, sexo razoável comparado a nenhum sexo ou a sexo ruim pode parecer o melhor sexo da vida.
"Além de eles terem um encaixe, uma química que pode ter relação com outros fatores biofisiológicos, tem a experiência do orgasmo, que para ela parece ter sido muito importante. Então, ela fica com um registro de memória de muito prazer", diz a sexóloga. (veja no vídeo a partir do minuto 36:04).
Mas, segundo Ana, "química sexual não se cria, ela acontece, mas não necessariamente indica que uma relação sexual é de qualidade, menos ainda que é sinônimo de relação amorosa saudável".
Fórmula do tesão x fórmula do amor
No entanto, a especialista ressalta que, de fato, ao longo da vida, todos nós teremos algumas parcerias mais interessantes sexualmente do que outras. "Quando a gente olha para o nosso histórico sexual e afetivo, nada mais natural que alguém marcar mais sexualmente". (veja no vídeo a partir do minuto 37:07)
Não temos como evitar a química sexual (nem queremos), mas é preciso lembrar que ela nem sempre terá a mesma fórmula do amor companheiro. "A química sexual normalmente não se cria. Ela acontece, mas não necessariamente indica que uma relação sexual possa ser de qualidade. Menos ainda que é sinônimo de relação amorosa saudável", conclui Ana. (veja no vídeo a partir do minuto 46:55)
Por isso, é importante ter cuidado com a expectativas que se coloca em relações puramente sexuais, para não ficar em uma espera que pode ser prejudicial para a autoestima e até atrapalhar a possibilidade de um relacionamento que vá além do desejo.
Sexoterapia é o espaço criado por UOL/Universa para falar de sexo e relacionamento. Você pode conferir o programa em plataformas de áudio como Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e Amazon Music. No Youtube de Universa, o programa também está disponível em vídeo.
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