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Rafa Brites sobre Dia da Madrasta: 'Quantas vezes não são reconhecidas?'

Rafa Brites fala sobre o Dia da Madrasta  - Reprodução/Instagram
Rafa Brites fala sobre o Dia da Madrasta Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa, em São Paulo

04/09/2022 16h35

A escritora e palestrante Rafa Brites usou seu Instagram para falar sobre o Dia da Madrasta, que é comemorado hoje, 4 de setembro. Mãe de dois filhos, Rocco, 4 anos, e Leon, 7 meses, ela não vive a maternidade compartilhada, mas achou importante saudar mulheres que têm essa tarefa difícil e complexa.

"Fiz questão de gravar esse vídeo para exaltar a questão tão complexa que é ser parte da parentalidade de uma criança que é fruto de outro relacionamento. Por conta do amor, você assume muitas responsabilidades", disse Rafa no vídeo. Casada com o apresentador Felipe Andreoli há 11 anos, ela não é madrasta, mas entende, como mãe, os desafios que essas mulheres enfrentam estando nessa posição.

"No Dia das Mães, quantas vezes essas madrastas não são reconhecidas? Tento me colocar no lugar e deve ser muito difícil. Mas isso é recompensado pelo carinho vindo de uma criança", disse Rafa. Ela ainda afirma que está cercada de amigos e amigas que são madrastas e padrastos de alguém, justamente por causa das novas formações familiares.

"Conheço muitas pessoas que foram salvas por madrastas e padrastos, que muitas vezes, ocupam um lugar maior do que pais e mães na vida de uma criança", comenta. Ela termina o vídeo dizendo que espera que a sociedade consiga, cada vez mais, dissolver relacionamentos de forma pacífica em prol da formação dessas novas famílias.

Madrasta é uma mulher má?

De acordo com a definição do Google e do dicionário Oxford, sim. E é isso que a educadora Mari Camardelli, 36 anos, luta para mudar. Enquanto a definição de padrasto é "homem em relação aos filhos da mulher com quem passa a constituir sociedade conjugal", a de madrasta é "mulher má, incapaz de sentimentos afetuosos e amigáveis". Algo "machista, misógino, e que nada tem a ver com a realidade", disse Mari em entrevista a Universa no mês passado.

Ela criou um abaixo assinado, que já conta com 7.500 assinaturas, para que essa definição seja alterada. "Eu tenho consciência de que mudar um dicionário não muda a construção social negativa em torno das madrastas, mas é uma pecinha. A minha expectativa, a passos de formiga, é que as escolas tenham árvores genealógicas mais inclusivas, não necessariamente com aqueles quadradinhos 'mamãe' e 'papai', que o RH das empresas considere os enteados como laços familiares", completou.