Mesma bolsa por 70 anos: as peças tradicionais do guarda-roupa de Elizabeth
Pode-se dizer que a rainha Elizabeth foi um símbolo de constância em seu estilo: dos pés à cabeça, mesmas escolhas de moda se seguiram por décadas. O chato é que, ao escolher sempre conforto e discrição, nem sempre seu guarda-roupa era jovial —nem mesmo quando ela ainda era jovem.
Por sete décadas, por exemplo, ela usou dois modelos de bolsa da marca Launer. Por cinco décadas, foram sapatos da Anello e Davide. Sapatos e vestidos também se repetiam. Leia mais abaixo:
Os vestidos
Em raras ocasiões, a rainha foi vista de calça. Dizem que a única foto feita dela assim foi quando perdeu uma aposta para a filha, a princesa Anne. No mais, ao longo de seus 96 anos de vida, foi adepta de vestido e saias, abaixo do joelho e sem muitos detalhes.
Os vestidos da rainha eram assinados e costurados pessoalmente e exclusivamente por Angela Kelly, que entrou para a equipe da soberana no início dos anos 1990.
Elizabeth 2ª a conheceu na casa do embaixador britânico na Alemanha, Christopher Mallaby, onde Angela trabalhava como governanta. Quando Angela comentou que queria voltar para a Inglaterra, logo conseguiu a posição de figurinista de Elizabeth 2ª, uma posição tão íntima que hoje é apontada como a maior confidente da soberana.
De origem proletária, Angela aprendeu a costurar desde cedo. Mesmo sem uma educação formal, seus modelos eram os preferidos da rainha. Com isso, ela manteve a organização do guarda-roupa da rainha, assim como as combinações de joias, em uma planilha que consultava a cada evento público. Também foi ela quem selecionou a tiara usada por Meghan Markle no seu casamento com o príncipe Harry, em 2018.
A bolsa
Ao longo de mais de 70 anos, Elizabeth sempre foi vista com sua bolsa Launer, desde que ganhou a primeira peça, ainda nos anos 1950 —foi um presente de sua mãe, Elizabeth. Hoje, uma bolsa pequena da marca custa mais de R$ 13 mil. Não se sabe quantas a rainha tem, pois as reutiliza. Mas quase sempre está com o modelo preto.
A paixão de Elizabeth 2ª pela bolsa é tanta que o designer foi laureado com um mandado real de 1968, oficializando sua marca como a da realeza e dando ainda maior prestígio para a empresa.
Com uma garota propaganda com o prestígio da rainha, sem surpresa seu modelo preferido foi batizado em sua homenagem: Royale. Os mais atentos percebiam que ela alternava a Royale com a Travita —as duas são muito parecidas.
A importância da bolsa para Elizabeth 2ª vai além da beleza. É ao movimentar a bolsa que a rainha sinalizava para sua equipe se precisava de ajuda para encerrar um assunto, se estava pronta para sair.
Os sapatos
Assim como as bolsas, os sapatos da rainha eram do mesmo modelo há mais de 50 anos, da Anello & Davide, uma marca centenária, fundada em 1922, e que teve como clientes Os Beatles e Marilyn Monroe. Foi a Anello & Davide que criou os famosos sapatinhos de rubi do clássico O Mágico de Oz, estrelado por Judi Garland.
O modelo da rainha tinha um objetivo prático: com pouco tempo e uma agenda apertada, ela preferiu um modelo que pudesse colocar e tirar sozinha e com agilidade. E claro, a marca também tem o mandado real, uma espécie de certificação, como marca da realeza.
O esmalte
Elizabeth 2ª usou por mais de 30 anos uma única cor: um rosinha claro, quase como uma base.
O nome? Ballet Slippers (sapatilhas de balé), da marca Essie. É a cor oficial da realeza britânica e usada também por Kate Middleton.
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