Hot pant, transparência e sutiã no Rock in Rio: 'Ousar sem medo'
Em mais um dia quente no Rio de Janeiro, em que se esperava bater 40 graus, muitas mulheres escolheram transparência, lingerie e hot pant para assistir aos shows do sexto dia de Rock in Rio, em que a atração principal foi a banda Coldplay.
Apesar do receio inicial de assédio, a gerente de branding Pamella Ciochi, 34 anos, optou por combinar sutiã de renda com hot pant e tule e realizou um desejo antigo.
"Eu já observava os looks de festivais como o Coachella [nos EUA] e sempre quis usar este, mas só tive coragem agora. Eu tinha vergonha e medo até de usar short. Hoje tive receio e fiquei um pouco tensa no caminho para o metrô por causa de assédio, mas chegando aqui me senti mais tranquila", disse a moradora de São Paulo.
A estudante de matemática Luiza Soalheiro, 26 anos, de Belo Horizonte (MG), pesquisou looks roqueiros exclusivamente para o evento e seguiu o mesmo estilo de Pamella. Também com receio de chamar a atenção, trocou a hot pant por short.
"Queria algo que não fosse muito curto. Não ia me sentir bem, e gostei desse visual", disse.
Já a jornalista Manuela Fantinel, 26 anos, teve zero preocupação em usar apenas um hot pant com camisa, sem nada por cima.
"Este look já estava sendo usado em Carnavais e festivais, e resolvi apostar nele também, sem medo nenhum", explicou a gaúcha.
As amigas Amanda Sena, 26 anos, e Laura Oliveira, 24 anos, também escolheram looks nada tradicionais para assistir ao Coldplay. Enquanto a primeira preferiu apostar nas franjas, a psicóloga quis usar sua cor predileta, que é o preto, com muito brilho.
"Em festival dá para ousar sem medo. Não tem regra", indicou Amanda, natural de Curitiba.
A moradora de Linhares (ES) Taisy Campolina, 32 anos, também concorda que o clima do Rock in Rio é perfeito para ousar. E foi o que fez: ela apostou na transparência para aproveitar o festival.
"A gente tem que ser o que quiser, sem medo", ensina.
Os homens também inovaram. O artesão e cabeleireiro Bruno Vinícius Pereira Martins, 36 anos, trabalha para uma marca que produz looks para festivais, a Euforya, e montou sua própria roupa para o dia quente. "E dá para reaproveitar tudo do armário", ele aponta.
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