Topo

Coleira e rabo de pelúcia: o que se usa ao praticar o fetiche pet play

Coleira e adereços que lembram bichinhos são parte do pet play - iStok
Coleira e adereços que lembram bichinhos são parte do pet play Imagem: iStok

Hysa Conrado

De Universa, em São Paulo

12/09/2022 16h40

Coleira, rabo de pelúcia, andar sobre os quatro apoios e até receber um nome no diminutivo, como se fosse um animal de estimação, enquanto é conduzido por outra pessoa. Esse comportamento é alvo de desejo das pessoas que se reconhecem no pet play, um tipo de fetiche que está dentro das práticas sexuais de dominação.

Recentemente, a Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de indenização de duas amigas de 22 e 23 anos que foram flagradas, em 2021, realizando o fetiche chamado de "pet play" em um shopping center. Na época, o momento foi exibido pelo programa "Melhor da Tarde com Catia Fonseca", na Band, e as mulheres consideraram que o tom da reportagem era de "escárnio, desprezo e nojo". Nas imagens é possível ver uma delas usando um rabo de pelúcia e um tiara com orelhas de bicinho, enquanto é puxada pela coleira.

Pet play: entenda o fetiche

Segundo a sexóloga Lelah Monteiro, este fetiche é mais comum entre casais heterossexuais - onde o homem costuma ser dominado -, e não se restringe apenas às quatro paredes da vida privada, como aconteceu entre as duas amigas.

"Às vezes essa pessoa [dominada] faz como se estivesse fazendo xixi, lambe a dona, faz sons de latir", explica.

A diferença de fetiche para fantasia, de acordo com a especialista, é que no primeiro os adereços são fundamentais para que o desejo se realize. "Tem quem põe até roupinha de animal", afirma.

No ato que envolve o pet play, o tesão não fica restrito só para quem domina e "geralmente quem fica muito excitado é o pet ali que está no lugar da submissão", diz Lelah.

"Sair correndo como se fosse mesmo um cachorrinho de estimação dá muito desejo no submisso e isso é uma coisa que pouco se fala, as pessoas acham que só a dominadora tem desejo", ressalta a sexóloga.