Vídeo: Mulher finge infarto para fugir de estupro em Goiás
Uma mulher fingiu sofrer um infarto para evitar um estupro em Goiânia. O caso foi registrado na manhã de ontem, no Setor Nova Suíça, quando a vítima ia até um banco. O suspeito do crime foi preso pela Polícia Militar.
Câmeras de segurança registraram o momento em que a mulher é abordada por um suspeito de carro e, após alguns segundos, cai no chão. O homem tenta levantá-la, mas corre após uma pessoa se aproximar.
"Ele mandou eu entrar no carro, pegou no meu braço, me mostrou a arma. Eu falei: 'Moço, o que você vai fazer comigo, pelo amor de Deus? Leva o celular, eu te dou o número da conta, meu cartão está aí'", contou a mulher, em vídeo divulgado pela polícia.
Segundo a vítima, o homem não quis levar qualquer pertence pessoal dela e disse que iria "bater" e "usá-la".
"Deus me deu a sabedoria de fingir que deu um infarto, eu fui caindo no chão, caindo, ele tentando me pegar, eu comecei a gritar, a rolar no chão", contou a mulher. Segundo ela, nesse momento, vizinhos começaram a gritar e a polícia foi acionada.
O homem fugiu do local, mas foi preso por uma equipe da Polícia Militar poucos minutos depois.
A mulher reconheceu o suspeito, que foi encaminhado à Polícia Civil. Universa procurou o órgão em busca de informações sobre se o homem continua detido e aguarda retorno sobre o assunto. A identidade dele não foi revelada.
A violência sexual contra a mulher no Brasil
No primeiro semestre de 2020, foram registrados 141 casos de estupro por dia no Brasil. Em todo ano de 2019, o número foi de 181 registros a cada dia, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em 58% de todos os casos, a vítima tinha até 13 anos de idade, o que também caracteriza estupro de vulnerável, um outro tipo de violência sexual.
Como denunciar violência sexual
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.
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