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Número de deputadas estaduais aumenta em 15 estados e diminui em 9

Mara Caseiro (PSDB), foi a mais votada para Assembleia Legislativa do MS; em 2018, nenhuma havia sido eleita - Reprodução
Mara Caseiro (PSDB), foi a mais votada para Assembleia Legislativa do MS; em 2018, nenhuma havia sido eleita Imagem: Reprodução

Gabryella Garcia

Colaboração para Universa, em São Paulo

04/10/2022 19h34

As eleições de 2022 trouxeram um aumento de mulheres na maioria das assembleias legislativas do país. Levantamento feito por Universa mostra que, dos 26 estados, 15 aumentarão sua bancada feminina em relação ao mandato que se encerra neste ano. O mesmo vale para o Distrito Federal.

Há ainda dois estados que elegeram o mesmo número de mulheres do que no pleito passado, e outros nove que diminuíram sua bancada. Ao todo, 190 mulheres foram eleitas para assembleias legislativas, o que representa 18% entre as 1.059 vagas para deputados estaduais ou distritais disponíveis em todo o país —um crescimento em relação ao 15% de políticas ocupando cadeiras nessas casas atualmente.

Todos os estados terão pelo menos uma deputada estadual a partir de 2023

Ao contrário das últimas eleições, neste ano todas as unidades da federação elegeram pelo menos uma mulher como deputada estadual. Em 2018, o Mato Grosso do Sul foi a exceção, sendo o único estado em todo o país a não eleger sequer uma mulher para a Assembleia Legislativa.

Entre os que aumentaram sua bancada feminina, o destaque fica para Rondônia e Paraná, que mais do que dobraram o número de eleitas. O estado do Norte saltou de duas para cinco, enquanto o do Sul foi de quatro para dez.

Cinco estados tiveram uma mulher sendo a candidatura mais votada para o cargo de deputada estadual: Bahia (Ivana Bastos-PSD), Maranhão (Iracema Vale-PSB), Mato Grosso (Janaína Riva-MDB), Mato Grosso do Sul (Mara Caseiro-PSDB) e Santa Catarina (Ana Campagnolo-PL).

Os estados que aumentaram a bancada feminina nas eleições de 2022 foram Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.

Por outro lado, no Acre, Amapá, Bahia, Pará, Pernambuco, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins diminuíram esse índice. Mato Grosso e Piauí elegeram em 2022 o mesmo número de mulheres para a assembleia legislativa que haviam elegido na última eleição.

Amapá, Maranhão e São Paulo lideram representação feminina

Proporcionalmente, o estado onde a representação feminina será maior é o Amapá. Das 24 cadeiras disponíveis, sete serão ocupadas por mulheres, o que representa 29,2% do total. Mas, apesar de ter a maior representatividade, o Amapá está entre os nove estados onde o número de mulheres na assembleia diminuiu. Nas eleições de 2018, foram eleitas oito, uma a mais do que no último domingo (2).

Depois do Amapá, aparecem Maranhão e São Paulo. Enquanto no estado do Nordeste as mulheres ocuparão 12 das 42 cadeiras disponíveis, o que representa 28,6%, em São Paulo, das 94 vagas, 25 serão preenchidas por mulheres — 26,6% do total. Ambos aumentaram o número de mulheres eleitas em relação à eleição anterior

Em quatro estados, as mulheres não chegarão a 10% das cadeiras.

Em Goiás, por exemplo, apesar de ter dobrado o número de eleitas, o índice ainda é baixo. De 41 vagas, quatro foram ocupadas por mulheres, ou seja, 9,7% do total. Mato Grosso do Sul, que havia sido o único estado a não eleger nenhuma mulher para deputada estadual em 2018, neste ano elegeu duas, que vão representar 8,3% dos parlamentares.

Mato Grosso e Santa Catarina têm as menores taxas de eleitas

O estado onde as mulheres estarão menos representadas é o Mato Grosso. Janaina Riva (MDB) foi a pessoa mais votada para a Assembleia Legislativa do Estado, mas foi a única mulher eleita. Com um total de 24 deputados e apenas uma parlamentar, a representatividade é de apenas 4,2%.

Ana Campagnolo (PL) foi a pessoa mais votada para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, mas terá a companhia de poucas mulheres. O número de eleitas caiu de cinco para três nessas eleições. O estado do Sul, portanto, terá a segunda menor representatividade feminina de todo o país, com apenas 7,5% das cadeiras sendo ocupadas por mulheres.