Políticas apoiam Cármen Lúcia após ataque de Roberto Jefferson: 'Asqueroso'
Após ataques machistas do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) contra a ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Cármen Lúcia, diversas políticas mulheres vieram a público prestar solidariedade e criticar as falas de Jefferson. Em vídeo postado nas redes sociais, ele a chama de bruxa, prostituta e vagabunda.
"Estou indignado. Fui rever o voto da Bruxa de Blair, da Carmem Lúcifer, na censura prévia à Jovem Pan, olhei de novo, não dá para acreditar. Lembra mesmo aquelas prostitutas, aquelas vagabundas, arrombad*s, né? Aí que viram para o cara diz: 'E, benzinho, no rabinh*, nunca dei o rabinh*, pela primeira vez. É a primeira vez", disse o ex-político, que atualmente cumpre prisão domiciliar segundo no inquérito que investiga milícias digitais. Ele é acusado de ter cometido crimes de calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa, denunciação caluniosa, além de delitos previstos na Lei de Segurança Nacional e no Código Eleitoral. Jefferson já havia sido condenado pelo STF no julgamento do Mensalão.
"Asqueroso." Marina Silva (Rede) foi uma das primeiras a condenar as falas. "Roberto Jefferson, de forma criminosa, gravou vídeo ofendendo, com o linguajar típico das mentes perversas dos políticos que apoiam Bolsonaro, a ministra Cármen Lúcia. É execrável e misógino, não tem nem como ser replicado aqui", escreveu no Twitter.
As senadoras em exercício se manifestaram de maneira conjunta condenando Jefferson e afirmando que suas falas não ficarão impunes.
Líder da bancada feminina do Senado, Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que, junto às colegas parlamentares, pretende tomar "medidas legais cabíveis" contra a fala de Jefferson. "As palavras criminosas agridem e desrespeitam a todas as mulheres e não vão ficar impunes", afirmou.
Terceiro lugar na corrida presidencial, a também senadora Simone Tebet (MDB-MS) gravou um vídeo condenando as falas do ex-deputado. "É inaceitável", disse ela. "Querida Cármen Lúcia, toda a minha solidariedade."
Também candidata à Presidência no primeiro turno, a senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) reforçou que Roberto Jefferson precisa ser punido. "A bancada feminina do Senado dará uma resposta."
"Como procuradora especial da Mulher do Senado, farei o possível para que essa atitude não fique impune", reforçou a senadora Leila Barros.
Governadora eleita pelo Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) repudiou a "violência sofrida pela ministra Cármen Lúcia, atacada brutalmente no exercício de suas atribuições constitucionais". "À ela, toda minha solidariedade, como mulher, cidadã e governadora", disse Bezerra.
Diversos outros nomes da política brasileira se manifestaram nas redes sociais condenando as falas de Jefferson. A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia registrou uma notícia crime contra o ex-político, pedindo a revogação da prisão domiciliar em virtude dos ataques à ministra.
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