Janja, Tebet, Dilma: o papel das mulheres no palanque de vitória do Lula
Em seu discurso de vitória após o resultado das eleições presidenciais, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava cercado de mulheres e lembrou delas em seu discurso. "Essa é a vitória da mulher que não quer ser tratada como objeto de cama e mesa, mas como sujeito da história", falou para o público da Avenida Paulista, em São Paulo.
Essas mulheres foram cruciais para a virada de votos que levou o petista à vitória. Tanto no ambiente do agronegócios, quanto com meio ambiente e evangélicos, cada uma tinha uma função crucial no segundo turno. Veja quem são:
Simone Tebet (MDB)
Senadora pelo estado do Mato Grosso do Sul, Simone concorreu à presidência e apoiou fortemente o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno. Especula-se que Simone assumirá um dos ministérios do novo governo a partir de 2023. Há rumores de que a Senadora gostaria de assumir a educação, mas que o PT gostaria de vê-la à frente do Ministério da Agricultura.
Tanto ela, quanto Lula, afirmaram que não houve nenhuma conversa a respeito de ministérios. O presidente eleito falou que pensaria nisso apenas após a confirmação de sua eleição.
Marina Silva (Rede)
A deputada federal eleita pelo estado de São Paulo já foi Ministra do Meio Ambiente do governo Lula, de 2003 a 2008, mas estava afastada da política desde 2014. Ainda em setembro, Marina entregou a Lula um documento com pautas ambientais importantes para serem trabalhadas no próximo governo.
Como acabou de se eleger deputada, não há especulações de que Marina deixará seu papel e deve ser apoio ao governo dentro do Congresso.
Eliziane Gama (Cidadania-MA)
Senadora pelo Maranhão. Eliziane é evangélica e filha de pastor. Ela participou da CPI da Covid-19, que investigou crimes do governo durante a pandemia, e se uniu à campanha de Lula no segundo turno com o papel de ajudar a combater as fake news dentro das igrejas e em meio aos evangélicos, já que ela é membro da Assembleia de Deus do Maranhão.
Em entrevista à GloboNews no começo de outubro, a senadora reforçou que um presidente tem que olhar para os evangélicos na hora de governar. "Não dá para governar sem pensar nos evangélicos. E Lula se compromete nessa carta [referindo-se a"carta compromisso" aos evangélicos, assinada dia 19] que está sendo construída para todo Brasil".
Dilma Rousseff (PT)
A ex-presidente, que saiu do governo por conta de um impeachment em 2016, esteve ao lado de Lula durante seu discurso da vitória em um hotel em São Paulo. Durante a campanha eleitoral, uma fake news dizendo que ela seria a nova Ministra da Economia circulou na internet, mas a informação foi desmentida pela equipe do UOL.
Durante sua campanha, Lula defendeu Dilma, dizendo que ela foi vítima de um golpe quando deixou o governo, e que ela ocuparia o papel que quisesse na busca por votos. Como ela não foi convidada para o jantar simbólico de união entre Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, diziam que ela estava afastada do partido. O que Dilma desmente.
Pelas redes sociais, a ex-presidente já disse que sua relação com Lula é inabalável. Mas ainda não há notícias se ela terá cargo em seu novo governo.
Janja (PT)
A futura primeira-dama já falou que quer ressignificar o seu papel na política, demonstrando que quer ser ativa em pautas sociais, principalmente aquelas voltadas para as mulheres. "Se eu puder contribuir em alguma coisa nessa campanha, nesse governo, que se Deus quiser tudo vai dar certo, vai ser justamente na questão da segurança alimentar voltada para as mulheres", declarou ela em abril, durante um encontro com eleitores no bairro da Brasilândia, em São Paulo.
A sustentabilidade também é um tema que deve ganhar um carinho especial de Janja. Ela tem MBA em Gestão e Sustentabilidade e trabalhou na hidrelétrica Itaipu Binacional por 15 anos e foi coordenadora de programas voltados ao desenvolvimento sustentável.
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