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Filas e confusão marcam abertura da Shein em SP, loja vai fechar mais cedo

Beatriz Pacheco

Colaboração para Universa, em São Paulo

12/11/2022 13h13Atualizada em 14/11/2022 20h01

Vídeos de confusão na abertura da primeira loja física da Shein no Brasil, que circulam nas redes sociais neste sábado (12), mostram clientes discutindo e caos. Há relatos na internet de pessoas esperando pela inauguração desde as 6h. As filas dão voltas no quarteirão onde fica o Shopping Vila Olímpia, na zona sul da capital paulista.

Os vídeos começaram a circular pouco depois das 10h da manhã, horário previsto para abertura da loja. Segundo estimativa da assessoria de imprensa, cerca de 3.000 pessoas aguardavam para comprar na loja até as 12h de hoje. A empresa precisou dividir os clientes em grupos e adotar turnos para a entrada de consumidores na loja. A multidão foi dispersada por volta das 13h.

Segundo pessoas que estavam no local, o motivo da briga foi a chegada de pessoas que seriam preferenciais, com crianças de colo, pedindo a priorização na entrada. Quem estava na fila se revoltou, houve bate-boca e até agressão física. Algumas pessoas foram retiradas pela segurança do shopping.

Entre os dias 12 e 16 de novembro, os visitantes de São Paulo que forem à loja poderão experimentar e comprar 11 mil peças disponibilizadas pela Shein, plataforma de e-commerce chinesa que se popularizou por aqui pelo ágil lançamento de coleções com preços abaixo da média de mercado.

Por conta confusão, a Shein encerrará as operações da loja no Shopping Vila Olímpia mais cedo neste sábado —às 17h30, em vez de 21h30, como o programado— para reorganizar a operação para os próximos dias, segundo informações compartilhadas pela assessoria. Assim, 500 senhas serão distribuídas a partir das 15h para as pessoas que já estavam na fila, e apenas essas pessoas terão acesso à loja.

Com o novo fluxo, os clientes receberam permissão para entrar com apenas quatro peças por vez nos provadores, e o limite de permanência é de 20 minutos, para liberar os grupos que seguem aguardando para conhecer a loja.

Fila para entrar na Shein, na tarde deste sábado, no Shopping Vila Olímpia - Beatriz Pacheco/UOL - Beatriz Pacheco/UOL
Fila para entrar na Shein, na tarde deste sábado, no Shopping Vila Olímpia
Imagem: Beatriz Pacheco/UOL

Neste domingo (13) e no feriado do dia 15 de novembro, novamente 500 senhas serão distribuídas para a entrada. Na segunda e na quarta-feira, serão liberadas 800 senhas. A distribuição de senha, a princípio, será para o dia. Então, para os próximos dias, as pessoas precisam ir à loja pela manhã para conseguir garantir que entrarão.

A empresa já confirmou que não haverá reposição de estoque. Isso significa que, caso as peças para venda se esgotem antes do período de funcionamento (em algum momento antes do dia 16), a loja continuará funcionando, mas apenas como mostruário, num formato de experiência com a marca.

A Shein divulgou nota oficial afirmando que "devido ao grande sucesso no primeiro dia de abertura de sua primeira loja pop-up em São Paulo, a empresa atuou rapidamente, em conformidade com a segurança do Shopping Vila Olímpia, para controlar as situações adversas relativas à aglomeração de pessoas, dentro e fora do shopping". E acrescentou que "para garantir a segurança de todos e oferecer a melhor experiência de compra para os seus clientes", definiu as regras de divisão de grupos, limite de peças e de tempo na loja, além da distribuição de senhas.

Próximo destino: Belo Horizonte

A Shein anunciou que levará a experiência de loja para Belo Horizonte em dezembro deste ano, mas as datas e a localidade exata ainda não foram definidas. Será a segunda jornada da marca com as vendas físicas no país em menos de dois meses, já que o Brasil se tornou uma das principais apostas da empresa para fortalecer sua presença na América Latina.

De acordo com a assessoria de imprensa, a companhia ainda não tem novas diretrizes para a loja na capital mineira, que, a princípio, seguirá o mesmo modelo de São Paulo. Após atrair uma multidão de milhares de pessoas neste sábado (12), o que provocou brigas, discussões e muitas reclamações da parte do público, o modelo de organização do fluxo de clientes pode mudar.

Segundo a empresa, "faz parte do processo corporativo levar aprendizados para reorganização interna, embora ainda não seja possível falar de mudanças para a próxima aventura da Shein no Brasil".