FBSP: Machismo e falta de verba explicam alta de violência contra mulher
A diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, participou na noite de hoje (7) do programa Análise da Notícia e falou sobre o aumento de casos de feminicídio no primeiro semestre deste ano no Brasil.
Segundo dados do fórum dovulgados hoje, o país registrou 699 casos nos primeiros seis meses de 2022, com média de quatro mulheres mortas por dia. Apesar do número preocupante, a especialista ressalta que o índice de subnotificação de feminicídio é elevadíssimo no Brasil.
De acordo com Samira, o machismo e a falta de verba pública explicam a alta de violência contra a mulher em território nacional.
"A violência contra a mulher não é um problema exclusivo no Brasil, mas é mais grave aqui e tem se agravado nos últimos anos. Feminicídio é um fenômeno que historicamente ocorre na sociedade brasileira, que decorre do machismo, do patriarcado e do comportamento misógino, em que o homem entende a mulher como propriedade", explica.
"A maior parte desses casos acontece por conta de homens frustrados com rompimento, como se ele não pudesse ser abandonado pela companheira", acrescenta.
Durante a entrevista no programa do UOL, a diretora executiva falou como o espiral da violência se agrava, ou seja, como feminicídio acontece.
"Primeiro, o homem começa a tratar mal a mulher, com ofensas verbais. Depois, ele controla com quem ela conversa e sai. Em seguida, ela passa a ser agredida física e sexualmente."
Samira destaca que os assassinatos de mulheres poderiam ter sido evitados se existissem não só políticas públicas de acolhimento e enfrentamento à violência contra a mulher, como também recursos voltados para essas medidas.
O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
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