Menina toma chá abortivo, morre e laudo aponta que ela não estava grávida
Uma menina de 12 anos morreu após tomar um chá de ervas para abortar um bebê, no Maranhão. No entanto, um laudo feito após a morte apontou que ela não estava grávida.
O caso foi registrado na área rural do município de Joselândia, no interior do estado. Segundo investigações da Polícia Civil, a mãe da menina, acreditando que ela estava com algumas semanas de gestação, levou-a até um suposto pai de santo para tomar um chá feito de ervas e remédios.
A criança, identificada como Wilkelly Flaviane Carvalho, passou mal e foi levada a um hospital da região, mas morreu.
Os médicos acionaram a polícia, que levou a mãe da criança e o líder religioso para prestar depoimento. Os dois foram presos em flagrante.
O caso foi registrado no fim de novembro, mas a Polícia Civil do Maranhão confirmou neste domingo (11) que uma perícia apontou que a criança não estava grávida.
Na tarde de hoje, a mãe da adolescente e o suposto pai de santo continuavam presos na Delegacia de Polícia de Joselândia, responsável pelas investigações do crime.
A identidade da dupla detida não foi revelada, portanto, não foi possível colher manifestação da versão deles.
Além da investigação da Polícia Civil, a seccional maranhense da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) abriu uma investigação para apurar se um estupro levou à suspeita de gravidez da criança.
Segundo o Código Penal, qualquer relação sexual ou ato libidinoso com menor de 14 anos é caracterizado como estupro de vulnerável. A pena para crimes do tipo pode ser de oito a 15 anos de prisão.
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