Do Prouni ao GNT, a apresentadora Stephanie Ribeiro mistura moda e ativismo
No segundo episódio de "Ctrl Ver + Ctrl Ser" (novo programa de Universa que passeia pela construção de estilo a partir dos ícones que influenciaram a vida de cada mulher) você vai conhecer o estilo e as referências da arquiteta e apresentadora Stephanie Ribeiro, 29.
A influenciadora, eleita pela Forbes uma das mais personagens mais influentes com menos de 30 anos, passou a comandar o "Decora", do GNT, durante a a pandemia, ajudando famílias a decorarem suas casas à distância.
Em um dos episódios, ajudou a repaginar a casa de uma família de três mulheres que viviam no centro de São Paulo. "Ao ver o resultado, uma delas chorou muito. Ela tinha passado a vida trabalhando como babá e disse que nunca tinha imaginado ter uma sala de 'gente rica'. Até o câmera chorou nesse dia", lembra.
Mais que decór, Stephanie quer entregar pra quem está assistindo questões sobre "raça, o lugar do arquiteto negro e da arquiteta mulher na sociedade".
Fã de "Castelo Rá-Tim-Bum" e aluna do ProUni
Ela decidiu cursar arquitetura por causa do programa infantil "Castelo Rá-Tim-Bum", exibido nos anos 1990 na TV Cultura. "Era apaixonada pelo cenário e figurino. Já adulta, percebi que era uma das coisas mais incríveis que vi na vida", disse.
O empurrão final veio com um teste vocacional. E foi com bolsa do ProUni que ela cursou os cinco anos da graduação na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas —ela é de Araraquara, e as duas cidades são no interior do Estado.
Stephanie foi a primeira da família a acessar o ensino superior e uma das poucas negras e bolsistas da turma. Enquanto se encantava pela arte e pelas cores, o ambiente acadêmico também lhe apresentou o racismo e o machismo.
Ao falar sobre os efeitos da iluminação sobre o tom de pele, um professor se referiu a ela: "até você, que é escurinha, vai se identificar com isso". "Esse tipo de situação acontecia o tempo todo."
Ao defender uma colega vítima de machismo e levar seu caso para as redes com um post indignado, ouviu que merecia apanhar. Para além de uma arquiteta, nascia aí uma voz crítica e militante, o que contribuiu para conquistar, ao longo dos anos, mais de 300 mil seguidores em diferentes plataformas onde ela concilia, com elegância, temas como militância, estilo, moda, arte e arquitetura.
De Whitney Houston e Solange Knowles
Stephanie aprendeu a usar as cores e a moda a seu favor. Depois de entrar para a tevê, diz que começou a se ver "em um lugar fashion". As roupas têm um fator superimportante no programa, é uma linguagem que gosto de explorar", conta.
No programa de Universa, ela encarnou suas referências de moda, Whitney Houston e Solange Knowles, e mostrou como ambas aparecem em seu dia a dia.
"Assim como na arquitetura, acho muito positivo mostrar para as pessoas que elas podem ser chiques e autênticas usando cores, formas e elementos da cultura nacional", diz Stephanie.
Assista a Ctrl Ver + Ctrl Ser no YouTube de Universa.
O programa vai ao ar toda terça, às 11h.
Direção de Cecília Minner, produção executiva de Taís Nicolino e coordenação de Lyvia Squadrans.
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