Mulher finge passar mal para ir a hospital e denunciar abusos; ex é preso
Uma mulher de 41 anos que era abusada sexualmente e fisicamente pelo ex-namorado fingiu que estava passando mal para ser levada a uma Unidade de Pronto Atendimento e denunciar a agressão.
O caso foi registrado na noite de ontem em Sorocaba (SP) e terminou com a prisão do suspeito do crime, um homem de 37 anos.
Segundo a Guarda Civil Municipal de Sorocaba, a vítima chegou até o Pronto Atendimento do Parque Laranjeiras acompanhada do agressor.
Ao ficar a sós com os funcionários do atendimento, ela contou que foi enganada pelo homem, que prometeu levá-la para casa, mas a levou para um terreno em construção e cometeu um estupro.
Os funcionários da unidade de saúde acionaram a GCM e colocaram a mulher no soro para ganhar tempo até a chegada do efetivo.
O homem foi abordado pelos GCMs, tentou fugir, mas foi preso em flagrante após breve perseguição. Aos guardas, ele afirmou que "a situação envolvendo sua ex-mulher não passava de um desentendimento".
Ele foi levado à Delegacia de Defesa da Mulher, que investiga o caso.
Por ter passagens policiais por posse ilegal de arma, roubo, lesão corporal e tráfico de drogas, ele foi mantido na prisão.
Segundo a GCM, o homem está à disposição da Justiça.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que medidas protetivas de urgência foram solicitadas para a vítima, assim como exames de corpo de delito.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.
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