Giselle Itié se inspira no 'femme fatale' de suas divas: 'Vem do útero'
"Femme fatale, com um sex appeal que vem do útero". Com essas palavras a atriz Giselle Itié, 40, define a atriz Sophia Loren, a sua grande inspiração de estilo. E quem acompanha TV em algum momento já cruzou o olhar com o de Giselle em alguma novela, de um jeito tão fatal quanto o da estrela italiana que brilhou no cinema entre as décadas de 1960 e 1970.
No quarto episódio de "Ctrl Ver + Ctrl Ser", de Universa, ela aceitou a missão de se transformar nas suas divas, rol que também conta com a presença da cantora de ópera Maria Callas, considerada a maior soprano de todos os tempos.
"Elas são referências como mulheres e artistas, a gente tem que bater palma", afirmou Giselle nos bastidores do programa.
Além da presença marcante, Giselle brinca que entre elas há ainda outro detalhe em comum. "São duas mulheres que têm o nariz mais expressivo, com personalidade. O meu é assim também, e estou feliz com ele", disse.
Apesar das semelhanças e do femme fatale compartilhado, não é todo dia que ela se sente como uma diva. "Acredito que todas as mulheres têm um movimento de reconhecimento, em que a gente se sente mais forte, mas não é algo rotineiro para mim."
Um drama mexicano
Filha de pai mexicano e mãe brasileira, Giselle nasceu na Cidade do México e veio para o Brasil ainda criança, depois que a família perdeu tudo em um terremoto que destruiu a capital do país.
Só essa breve passagem da infância da atriz já daria o enredo de um drama. Mas a novela, de fato, começou quando Giselle decidiu seguir carreira artística e teve de mentir para o pai —que era contra e, segundo ela, "bastante conservador" em relação ao seu sonho.
Com a desculpa de que iria aprimorar o espanhol, ela voltou para o México aos 15 anos e entrou no curso de teatro da Televisa, principal emissora de televisão do país —sim, aquela que fez quase todas as novelas mexicanas que ficaram populares no Brasil graças ao SBT. Além das novelas, Giselle chegou a Hollywood: contracenou com Sylvester Stallone no filme "Os Mercenários" (2010).
Giselle, a feia?
Dificilmente algum millennial passou ileso ao sucesso da novela "Betty, a Feia" (1999), um dos maiores títulos da teledramaturgia colombiana que ganhou o mundo com um tipo de conto de fadas moderno. Quando a Record TV decidiu produzir a versão brasileira em 2009, Giselle foi convidada para interpretar a protagonista.
Para se transformar em Bela —nome que a personagem recebeu no Brasil —, Giselle passou por um processo de desconstrução do padrão de beleza, quase que um "Ctrl Ver + Ctrl Ser" ao contrário.
"No começo da novela, foi incrível ter feito essa caracterização. Foi instigante. Na segunda fase, a Bela já estava dentro da caixinha, então foi mais do mesmo. Mas foi bacana, porque trabalhei muito com o conto do patinho feio", afirma.
"Bela, a Feia" se tornou um dos maiores sucessos de audiência da emissora, período que Giselle destaca como um movimento importante da sua carreira.
"O que me impactou foi que realmente me conectei mais com as fãs, foi daí que veio um movimento bem grande de meninas que me acompanham até hoje. Foi um encontro lindo", disse.
Mas a novela não foi a primeira adaptação brasileira da qual Giselle fez parte. Ela também participou de "Pícara Sonhadora", novela mexicana adaptada pelo SBT em 2001.
Outros grandes sucessos, como "Kubanacan" (2003) e "Carga Pesada" (2003), da TV Globo, também contaram com o femme fatale da atriz. Em 2019, Giselle fez sua estreia no streaming ao interpretar Eva em "O Escolhido", produção brasileira da Netflix. Ela também estará na segunda temporada de "O Rei da TV", série do Star + sobre a vida do apresentador Silvio Santos.
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