Vivi Araújo desfila após ser mãe: 'Meu corpo é de uma pessoa mais feliz'
Viviane Araújo, 47, entrará na Sapucaí diferente. Se, no ano passado, desfilou grávida de cinco meses de gestação, agora quer mostrar ao público que o corpo de quem carregou um filho aos 47 anos também agrada. E pode ser ainda melhor.
"Quero que as pessoas entendam que o meu corpo hoje é de uma pessoa mais feliz. Não tem como ser igual ao de antes, mas estou bem, me achando maravilhosa, linda", frisa ela.
No dia seguinte à conversa com Universa, no barracão do Salgueiro no início de fevereiro, ela viajaria a São Paulo para o ensaio da Mancha Verde, da qual é rainha desde 2005, mas se ausentou no último ano. Na capital paulista, desfila na madrugada de sábado para domingo. E aí volta à Marquês de Sapucaí, no Rio, na madrugada de domingo para segunda.
Além das duas escolas, Viviane se prepara para estrear como rainha de um camarote parceiro do Salgueiro na Sapucaí, o Kasa Carioca. Apesar da correria, a "rainha das rainhas" diz: dá e dará conta por muito tempo, já que planeja mais alguns anos de Carnaval.
Aposentada do samba? Jamais
Viviane torce o nariz quando ouve o papo de "aposentadoria".
Com a gravidez, especulou-se sobre sua despedida dos desfiles —artistas como a atriz Deborah Secco chegaram até a sondar a possível vaga que se abriria. Isso só vai acontecer se um problema de saúde sério a tirar do posto, assegura Viviane.
A hora de parar vai chegar e será um momento de despedida lindo, como acho que mereço, por toda representatividade dentro do Carnaval. Realizei o sonho de desfilar grávida. Mas ainda quero continuar por alguns anos
Viviane Araújo
Ela começou a desfilar na Sapucaí em 1995, pela Beija-Flor De Nilópolis. Depois, já representou Unidos da Tijuca, Mangueira, Caprichosos de Pilares, União de Jacarepaguá, Inocentes de Belford Roxo e Império Serrano. Estreou no posto de rainha em 2002, na Mocidade Independente de Padre Miguel. Neste ano ela completa 15 anos à frente da Furiosa, a bateria do Salgueiro.
A rotina dos últimos meses exigiu energia. Ela conciliou os ensaios com a gravação a segunda temporada da série "Família Paraíso", do Multishow. "Saio de casa às 9h e chego à meia-noite", conta Viviane, afundada num sofá do barracão da vermelho e branca, após passar o dia em gravação no lugar, na zona portuária do Rio.
Choro na saída da maternidade
Pelo menos desde 2008 Viviane falava publicamente sobre o desejo de desfilar grávida. Quis o tempo que a maternidade viesse agora: ela passou pelo método de ovodoação —usou óvulos de uma doadora anônima com os espermatozoides do marido, o empresário Guilherme Militão, de 33 anos.
Mas apesar de todo planejamento e cuidado, se ver com Joaquim nos braços sozinha pela primeira vez a fez entender que não há treinamento que baste para encarar a maternidade como ela é.
Fiquei quatro dias na maternidade. Enquanto você está ali, com todo mundo ajudando, está tudo lindo. Mas quando peguei meu filho e saí, me deu uma crise de choro. Dá um desespero. Achei que fosse incapaz, me senti insegura, mas você aprende a lidar com aquilo
Viviane Araújo
Hoje ela conta com uma rede de apoio: tem empregada, duas enfermeiras e uma madrinha sempre presente —e que trabalha com ela—, além do marido. "Ele sonhou junto, então a gente está comigo nessa. É um paizão."
"Passaria por essa experiência de novo?", ouve Viviane, que dá um longo suspiro. "Agora não. Vou esperar mais um pouco."
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