'Foi um surto coletivo': ménage termina em trisal e filhos 'quase gêmeos'
Um trisal com três filhos — dois deles têm apenas três meses de diferença — vive com alegria e uma dose de ciúme em Uberlândia (MG).
A família é formada pela taróloga Christiane Tamilsa Alves de Oliveira, 34, a dentista Ana Paula Ramos, 26, o corretor de imóveis Rafael Fernandes Correa Velasco, 34, Elisa, de 2 anos, Helena, de 4 meses, e Henrique, recém-nascido.
Tudo começou com um ménage. As mulheres já viviam juntas há três anos. Bissexuais, elas costumavam praticar sexo a três com alguns homens.
Foi assim que conheceram Rafael. Um encontro casual com o corretor terminou em gravidez: era Elisa que estava a caminho.
A Chris engravidou e, como já éramos um casal [as duas mulheres], decidimos criar ela [Elisa] sem o pai, então não fomos atrás dele
Ana Paula
Um dia, no entanto, uma delas reencontrou Rafael e houve uma reaproximação.
"Voltamos a ficar, ele começou a desconfiar que ela [Elisa] poderia ser dele pela idade e por não ter um pai. Resolvemos abrir o jogo." Após um mês, a menina foi registrada com o nome de Rafael.
A relação a três começou a partir da aproximação com Elisa. "Eu também queria passar pela experiência de uma gravidez, e ele tinha perdido o primeiro ano de um bebê. Então, planejamos a Helena [filha de Ana Paula]. Depois, chegou o Henrique [filho de Christiane], que foi a falha do anticoncepcional", contou.
As duas gestações, praticamente simultâneas, geraram estresse no trisal. "No começo foi um surto coletivo. Depois, comecei a levar como uma brincadeira e criamos o [perfil no] Instagram", lembra Ana Paula. Na página, a família conta sua experiência de relacionamento.
Depois que passou o surto, eu amei, porque planejei dois quartos, são roupas de menino e menina, e são meus gêmeos de barriga diferente. Foi planejado? Não foi, o Henrique é a falha do anticoncepcional, mas é mais um amor de nossas vidas
Ana Paula
Christiane também tem um filho de outro casamento, hoje com 16 anos e que optou por morar com o pai em outro Estado.
A família diz que aprende, diariamente, a conviver com as novidades que aparecem ao longo dos dias. E o ciúme, componente antigo da relação, ainda dá as caras, de vez em quando.
"No começo, [o ciúme] era bem forte, quase nos separamos por isso. Mas fomos conversando, falando o que incomodava, o que não é legal, e nos adaptamos. Hoje em dia existe, mas de forma bem leve."
Para quem quer viver um relacionamento a três, ela dá dicas.
"Primeiro, é preciso separar aventura [sexo] de relacionamento e sentimento, porque o dia a dia não é fácil. Se um casal já briga muito, imagina três pessoas brigando? É só tiro, porrada e bomba", brinca.
Sobre filhos, tenha condições financeiras e psicológicas antes de planejar ter um, mas se acontecer uma falha no percurso, saiba que vai dar tudo certo
Por sorte, o trisal diz não receber comentários preconceituosos. "Até hoje, não passamos por nenhuma situação desagradável, mas outros trisais já passaram."
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