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Odaxelagnia: O que é o fetiche de cliente que surpreendeu Andressa Urach

Andressa Urach disse que não se incomodou com fetiche de cliente, um tipo de parafilia envolvendo mordidas - Reprodução/Ana Zago e Maurício/Instagram
Andressa Urach disse que não se incomodou com fetiche de cliente, um tipo de parafilia envolvendo mordidas Imagem: Reprodução/Ana Zago e Maurício/Instagram

De Universa, em São Paulo*

09/03/2023 13h00Atualizada em 11/03/2023 09h55

Andressa Urach enfrentou o fetiche doloroso de um cliente que gostava de mordê-la durante o sexo. Segundo a influenciadora, o homem pagou cerca de R$ 7 mil para um encontro em seus tempos de prostituta de luxo, sem que ela tenha ficado incomodada com a "tara", conhecida como odaxelagnia.

O fetiche consiste em sentir prazer sexual ao morder ou ser mordido pelo parceiro e é considerado uma parafilia — um termo psiquiátrico atribuído a padrões sexuais fora da norma, em que prazer está em atividades não praticadas pela maioria da população.

As parafilias não são em si doenças, mas atenção para os transtornos parafílicos, ligados a ela. Práticas em que o indivíduo não obtém prazer das zonas erógenas consideradas "normais", como o pênis e a vagina, não precisam ser motivo de vergonha.

Já os transtornos parafílicos, em que a pessoa tem desejo por atividades sexuais sem consentimento — com pessoas que não tem maturidade sexual, não estejam vivas, ou com seres de outra espécie — são crime e exigem avaliação psiquiátrica para possíveis tratamentos.

Urach quase sangrou: É necessário respeitar os limites do outro

Por mais que a odaxelagnia não seja uma doença, o casal deve ficar atento para não tornar o fetiche um momento de violência. No caso de Urach, uma mordida forte na cabeça quase a fez sangrar — mas sem que ela chegasse a se sentir desconfortável, segundo depoimento da famosa.

"Forçar uma situação ou insistir muito para o outro topar é sinal de desrespeito. Além do mais, se há uma necessidade incontrolável de morder ou receber mordidas a ponto de atrapalhar o sexo e outras áreas da vida, é preciso buscar tratamento com um terapeuta sexual", afirma Carla Cecarello, psicóloga e fundadora da ABS (Associação Brasileira de Sexualidade).

Além disso, na hora da mordida consentida, os dentes devem ficar longe das áreas íntimas. "Lábios, glande, freio do pênis, testículos e pequenos e grandes lábios vaginais são feitos de mucosa, um tecido que rasga muito mais fácil com o serrilhado dos dentes. A nossa boca é cheia de bactérias e, dependendo do machucado, pode haver infecção", explica Arlete Girello Gavranic, terapeuta sexual.

Dependendo da intensidade das mordidas, a odaxelagnia pode fazer parte do sadomasoquismo. Mas o fetiche, segundo especialistas, não está automaticamente conectado ao desejo de fazer o parceiro ser submisso.

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*Com informações da matéria "Não só Vampiros: Tem gente que sente prazer no sexo se for mordido", publicada em 29/10/2019, em Universa