Topo

Corregedoria do CNJ investiga juiz acusado de agredir a esposa

O juiz Valmir Maurici Júnior foi acusado pela esposa de violência física, sexual e psicológica - Reprodução/TV Globo
O juiz Valmir Maurici Júnior foi acusado pela esposa de violência física, sexual e psicológica Imagem: Reprodução/TV Globo

De Universa*, em São Paulo

28/03/2023 21h12Atualizada em 28/03/2023 21h13

A Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), abriu hoje uma reclamação disciplinar, em segredo de Justiça, contra o juiz Valmir Maurici Júnior, da 5ª Vara Cível de Guarulhos (SP).

  • Valmir foi acusado pela esposa de violentá-la física, sexual e psicologicamente. Atualmente, os dois estão em processo de separação.
  • A mulher entregou vídeos que mostram tapas, empurrões, chutes e xingamentos, segundo a TV Globo. Uma das gravações, aparentemente feita pelo próprio juiz, registra uma relação sexual que, segundo ela, não teve consentimento.
  • A corregedoria investigará se as denúncias, caso confirmadas, "configuram também a prática de graves infrações disciplinares pelo magistrado".
  • Será analisado ainda um possível afastamento do magistrado. Segundo a Corregedoria Nacional de Justiça, Valmir está em licença médica atualmente.
  • O juiz será intimado e terá cinco dias para prestar esclarecimentos. A Corregedoria-Geral do Estado de São Paulo, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e o relator do inquérito policial também devem prestar informações sobre o caso neste prazo.

Os advogados Marcelo Knopfelmacher e Felipe Locke Cavalcanti, que defendem Valmir, negam "veementemente os fatos" imputados ao cliente e repudiam "vazamentos ilegais de processos que correm em segredo de Justiça".

Em nota enviada ao UOL, o TJ-SP afirmou que a "Corregedoria Geral da Justiça adotou todas as providências administrativas cabíveis", mas que "outras informações não podem ser divulgadas em razão do trâmite sigiloso".

Questionada sobre a apuração policial, mencionada pela Corregedoria Nacional de Justiça, a Polícia Civil informou que "não há procedimentos na Polícia Civil de Caraguatatuba. O procedimento está no Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo".

*Com informações da Agência Estado